A história do subdistrito de Bento Gonçalves (MG) é dividido entre o antes e o depois daquele fim de tarde, no dia 5 de novembro de 2015. O evento completa nove anos nesta terça-feira (5). O rompimento da barragem de Mariana, considerado a pior tragédia ambiental da história do Brasil.
Era pouco mais de 16h quando uma barragem, chamada de “fundão”, rompeu e despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, sobre uma comunidade inteira. O evento destruiu vidas, comunidades produtivas e trouxe reflexos ambientas que atravessaram os limites do estado mineiro.
O evento amplamente divulgado ao longo dos anos, não foi totalmente concluído. Uma série de ações cíveis e trabalhista estão em curso no judiciário, afim de compensar os danos irreparáveis. Relembre o caso.
Mortes, destruição e disputa judicial
O desastre no subdistrito de Bento Gonçalves, próximo da cidade de Mariana, no interior de Minas Gerais, culminou na morte de 19 pessoas. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, três pessoas nunca foram encontradas.
Entre os efeitos do rompimento da barragem estão 600 pessoas desabrigadas e 1,2 milhão de pessoas sem acesso à água potável. Na natureza, o evento despejou 40 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos foram despejados no meio ambiente, atingindo 49 municípios em Minas Gerais e Espírito Santo. A lama percorreu de 663 km até atingir o mar.
Embora a legislação brasileira limite o valor de R$ 50 milhões por infração ambiental, os números em acordo mencionado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), são superiores por contemplarem “reclamações” diferentes.
O acordo de repactuação da tragédia de Mariana (MG) contará com indenização imediata para 300 mil famílias afetadas. Em entrevista ao Agora CNN, no mês passado, Silveira disse que os valores serão destinados para indenizações e reparos.
Segundo o analista da CNN, Teo Cury, o acordo está nas mãos do presidente do Supremo tribunbal federal, Luis Roberto Barroso, que deve deve se dedicar a homologação da conciliação, nos próximos dias.
A Vale informou no fim de outubro que chegou a um acordo com as autoridades pela reparação integral do rompimento da barragem de Fundão. O valor total ficará em R$ 170 bilhões, sendo que R$ 38 bilhões já foram investidos.