Começou nesta quarta-feira o julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Durante a sessão, que deve durar pelo menos dois dias, nove testemunhas serão ouvidas pelo Tribunal do Júri.
Sete delas são indicadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e duas pela defesa de Ronnie Lessa. Os advogados de Elcio Queiroz desistiram de ouvir as testemunhas solicitadas anteriormente. A primeira a ser ouvida foi a única sobrevivente do atentado, a jornalista Fernanda Chaves, que acompanhava Marielle dentro do carro.
Os dois acusados participam do Júri Popular por videoconferência, diretamente das unidades onde estão presos. Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Já Élcio ocupa cela no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília.
Algumas testemunhas também poderão participar de forma virtual da sessão do júri. O Ministério Público quer pedir a condenação máxima aos dois acusados, de 84 anos de prisão.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos em março de 2019 e são réus confessos. Em delações premiadas com a Polícia Federal, os denunciados deram detalhes do crime: Élcio foi o responsável por dirigir o carro e Lessa disparou contra Marielle.
Segundo Lessa, os mandantes foram os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. O processo que envolve os supostos mandantes está no Supremo Tribunal Federal.