A abertura do Seminário Internacional do G20 sobre Cultura e Mudança do Clima foi realizada nesta segunda-feira (4), em Salvador. O evento, que acontece no Centro de Convenções da capital baiana, tem como objetivo explorar o papel das artes e tradições no debate sobre sustentabilidade ambiental e reúne mais de 120 autoridades credenciadas para o encontro.
A mesa contou com a participação das ministras Margareth Menezes, da Cultura, Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que participou remotamente. Também estiveram presentes o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador.
Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância de receber na Bahia o grupo, que reúne os países com as maiores economias do mundo, além da oportunidade de discutir os dois temas em conjunto. Já a ministra Margareth Menezes enfatizou a cultura como motor de transformação social.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, foi aplaudida de pé após discursar, por videoconferência, sobre a importância de um diálogo inclusivo e colaborativo. “Os 20 países mais ricos do mundo são responsáveis por 80% das emissões de CO2 e concentram 80% dos recursos financeiros e tecnológicos. Esses países têm a capacidade de contribuir para o enfrentamento da tríplice crise global: social, climática e ambiental, esta última marcada pela extinção ou ameaça de extinção de milhares de espécies”.
A ministra Sonia Guajajara defendeu como a relação dos povos indígenas com a natureza contribui para a preservação da biodiversidade e do equilíbrio climático. “Os povos indígenas representam apenas 5% da população mundial, mas protegem 82% da biodiversidade global e atuam como guardiões dos ecossistemas, essenciais para o equilíbrio climático. Combater a crise climática requer proteger os direitos dos povos indígenas, garantir a demarcação de seus territórios e respeitar suas culturas, crenças e tradições, reconhecendo sua importância para a humanidade”.
O seminário é realizado pelo Ministério da Cultura, em parceria com a UNESCO e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), contando ainda com o apoio do Governo da Bahia, da Prefeitura de Salvador. A programação inclui painéis como “Crise climática, uma crise de imaginação” e “COP: Colocando a cultura no centro da ação climática”, além da participação de universidades como a UFRB e a UFBA.