A Polícia Civil de São Paulo disse que vai investigar a possível participação de prestadores de serviço que possam ter facilitado a entrada da cabeça de porco na Neo Química Arena, em Itaquera (SP). O objeto foi arremessado no campo durante a partida entre Corinthians e Palmeiras, na segunda-feira (5).
O delegado César Saad, que está à frente do caso, disse à CNN que esse é o próximo passo da investigação.
“A polícia já requisitou as imagens para o Corinthians, e o departamento jurídico do clube já fez contato com a delegacia para que eles disponibilizem o máximo de imagens possíveis, para que a gente possa identificar se isso foi facilitado por um prestador de serviço que já estava lá dentro do estádio, ou de que forma que isso entrou. Esse é o próximo passo da investigação”, explicou.
A polícia espera que até esta quarta-feira (6) o torcedor que comprou a cabeça do porco vá até a delegacia prestar depoimento.
“Ele ficou postando nas redes sociais, publicando alguns stories mostrando a compra da cabeça do porco, dizendo que mais tarde os torcedores iam poder ver o que iria acontecer dentro do estádio, o que efetivamente aconteceu. Hoje, a Polícia Civil identificou esse dono desse perfil. Ele deve prestar depoimento no máximo até amanhã”, disse Saad.
Além do torcedor que comprou a cabeça do animal, outros três torcedores foram detidos pela polícia: quem fez o arremesso para o gramado e outros dois que auxiliaram. O delegado explicou, que as providencias foram tomadas ainda durante a partida. “Eles foram detidos lá, de imediato, passaram por audiência e foram liberados. Estão respondendo em liberdade”.
Os quatro torcedores do Corinthians responderão pelo crime de provocação. A pena para este crime é de dois anos de prisão que pode ser revertida em uma pena alternativa, a depender da Justiça. Como medida cautelar, os torcedores estão banidos do estádio.