A analista internacional Fernanda Magnotta ofereceu uma análise detalhada sobre a posição de Donald Trump na corrida presidencial americana durante o CNN 360° desta sexta-feira (1º).
Segundo Magnotta, apesar da vice-presidente Kamala Harris afirmar que os Estados Unidos estão “exaustos de Donald Trump”, as pesquisas não refletem esse sentimento de forma unânime.
A analista destaca que Trump ainda é uma figura carismática do ponto de vista do engajamento eleitoral, mesmo enfrentando índices consideráveis de rejeição.
O paradoxo de Trump: carisma e rejeição
Magnotta explica que a campanha de Kamala Harris tem explorado a ala do Partido Republicano que não apoia Trump, incluindo republicanos mais tradicionais e de centro. Ao mesmo tempo, conservadores ligados à direita americana também demonstram resistência ao ex-presidente.
No entanto, a analista ressalta que o eleitorado não vota apenas por ideologia. “O eleitor não só vota muitas vezes ‘com o fígado’, então tem um lado ideológico, tem aqueles que de fato se identificam com a agenda trumpista, com a narrativa trumpista, mas também votam com o próprio bolso”, afirma Magnotta.
Fatores econômicos e a memória do eleitor
A campanha de Trump tem enfatizado a percepção de que a situação econômica dos americanos piorou nos últimos quatro anos.
Magnotta lembra que Trump perdeu a chance de reeleição em 2020, em parte devido à avaliação negativa de seu manejo da pandemia.
Contudo, quatro anos depois, a promessa de Joe Biden de um “retorno à normalidade” foi obscurecida pela inflação.
“A inflação afetou muito a percepção do cidadão médio-americano, que vê o custo de vida encarecendo muito e a dificuldade de manter o seu padrão tradicional”, explica a analista.
Magnotta conclui que, embora Trump não seja “a figura mais amada” nos Estados Unidos, ele também não é odiado a ponto de não ser competitivo nas eleições.
Essa análise sugere que, apesar dos desafios, Trump mantém uma posição relevante na disputa eleitoral americana.
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