Quem, quando e onde? Pode ser importante dar uma pausa nas notícias do dia a dia e olhar com uma lente mais ampla para as eleições dos Estados Unidos.
Aqui estão as respostas para algumas perguntas gerais para você não ficar perdido nessa reta final da campanha.
Quando é o dia da eleição?
A lei dos Estados Unidos exige uma eleição presidencial a cada quatro anos. Essas eleições gerais, desde 1845, são obrigadas a ocorrer na terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro. Este ano a data é 5 de novembro.
Os estados supervisionam suas próprias eleições, o que significa que os horários das urnas podem variar de um para o outro. Em alguns estados, as primeiras urnas fecham às 18h (20h de Brasília), no dia da eleição. As últimas fecham às 22h (2h de Brasília), no Alasca e Havaí.
Milhões de americanos também já votaram antecipadamente em locais de votação ou pelo correio.
Por que a votação dura mais de um dia?
Cada estado conduz a eleição de forma independente. Em alguns, como Washington, Oregon e Utah, a votação é feita quase inteiramente pelo correio, um processo que se estende por semanas.
Cada estado tem alguma forma de votação antecipada disponível, o que abre o processo para pessoas que não podem ir às urnas exatamente no dia da eleição e garante que o maior número possível de eleitores vote. Isso porque o dia da eleição não é um feriado e muita gente não consegue deixar o trabalho para ir votar.
Quem são os candidatos deste ano?
A candita democrata à Presidência é a vice-presidente Kamala Harris, que está na cédula com o governador de Minnesota, Tim Walz, como seu companheiro de chapa para vice-presidente.
Do outro lado, o candidato republicano é o ex-presidente Donald Trump, que está concorrendo este ano ao lado do senador JD Vance de Ohio, candidato a vice.
Há outros candidatos nanicos que também vão aparecer nas cédulas para os eleitores na maioria dos estados. Chase Oliver, do Partido Libertário, e de Jill Stein, do Partido Verde, são exemplos.
O ex-democrata Robert F. Kennedy Jr. também está na cédula em muitos estados. Ele estava concorrendo de forma independente, mas desistiu e agora apoia Trump.
Ainda assim é quase certo que a grande maioria dos americanos votará em Kamala ou Trump, segundo as pesquisas de intenções de votos.
- Donald Trump e Kamala Harris se cumprimentam no Debate da ABC • (Photo by Win McNamee/Getty Images)
Por que Trump e Kamala são os principais candidatos?
Os dois principais partidos, Republicano e Democrata, realizaram eleições primárias em todo o país no início do ano.
Apesar do fato de muitos republicanos repudiarem Trump, por causa da invasão do Capitólio depois da derrota na eleição de 2020, o ex-presidente derrotou facilmente todos os candidatos primários e se tornou o indicado do Partido Republicano este ano. É a terceira eleição consecutiva em que Trump é escolhido pelos republicanos.
No lado dos democratas, o presidente Joe Biden dominou as primárias e enfrentou apenas uma oposição simbólica. Porém, um mau desempenho no Debate da CNN elevaram as preocupações sobre a idade de Biden, de 81 anos.
Com a crescente pressão, Biden desistiu da disputa antes que o partido realizasse uma nova convenção para oficializar o candidato da chapa.
O apoio de Biden a Kamala, sua vice-presidente, ajudou a torná-la a indicada por consenso, apesar do fato de ela não ter participado das primárias. Nenhum democrata se levantou para desafiá-la na convenção de agosto.
Quando saberemos quem ganhou?
Pode demorar um pouco. A CNN só projetou um vencedor em 2020 após quatro dias do dia da eleição. Vários estados foram decididos por margens extremamente acirradas naquele ano.
Em 2016, embora a contagem ainda estivesse acontecendo em vários estados, Hillary Clinton admitiu a derrota no dia seguinte ao da eleição.
É improvável que Trump reconheça a derrota se houver pouca diferença em estados-chave. Pode levar dias para determinar um vencedor.
A boa notícia é que muitos estados fizeram mudanças desde 2020 para facilitar o processamento de cédulas enviadas pelo correio, que demoram mais para serem contadas.
Em 2000, uma das eleições mais acirradas da história dos EUA, o vencedor não ficou aparente até 36 dias após a eleição, quando a Suprema Corte dos EUA encerrou as recontagens na Flórida.
As coisas foram complicadas naquele ano por causa de cédulas de papel defeituosas em alguns condados da Flórida, algo que não deve ser um problema este ano.
Também pode acabar não sendo uma eleição tão acirrada, então redes como a CNN podem projetar um vencedor na noite da eleição.
Quais são os principais problemas dos eleitores?
Um problema primordial é o custo de vida. Os preços dispararam após a pandemia da Covid-19, então Trump capitalizou a nostalgia que as pessoas têm por uma época em que os custos dos mantimentos eram menores.
O plano de Trump de impor tarifas gerais sobre produtos estrangeiros, pode aumentar ainda mais os preços, de acordo com economistas, mas ele tem uma vantagem sobre a atual vice-presidente na economia, de acordo com pesquisas.
Os eleitores de Trump também são motivados pela imigração. Ele afirma que deportará milhões de imigrantes que cruzarem ilegalmente e promete fechar a fronteira dos EUA.
Para os eleitores de Kamala, a questão do aborto é fundamental. Depois que a Suprema Corte, com um terço dos juízes nomeados por Trump, anulou Roe v. Wade, uma decisão que garantia o procedimento em nível nacional. Kamala enquadrou os direitos reprodutivos como uma questão de liberdade pessoal e prometeu proteger esses direitos.
Há iniciativas eleitorais em estados-chave para consagrar os direitos ao aborto. De acordo com pesquisas, essa questão está ajudando a impulsionar uma lacuna de gênero na votação.
Há também a questão fundamental da democracia. Trump foi acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de interferência eleitoral após tentar anular os resultados das eleições de 2020. Isso é um ponto de partida para muitos democratas.
Os republicanos, enquanto isso, passaram a aceitar amplamente o papel de Trump no esforço para manter Biden longe da Casa Branca, depois que o democrata venceu em 2020. Muitos deles, anos depois de Trump questionar o sistema, agora também duvidam dos resultados de 2020.
O candidato republicano e ex-presidente foi condenado por acusações criminais em Nova York relacionadas a pagamentos de propinas, antes da eleição de 2016. Sua sentença está marcada para o final de novembro, após a eleição.
No entanto, suas condenações criminais, ou mesmo a possibilidade de pena de prisão, não tornam Trump inelegível para servir como presidente.
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Kamala Harris e Tim Walz fazem primeiro comício nos EUA • U.S. NETWORK POOL
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A vice-presidente dos Estados Unidos escolheu o governador de Minnesota como companheiro de chapa para disputar as eleições presidenciais pelo Partido Democrata • U.S. NETWORK POOL
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Os candidatos entraram juntos no palco ao som de aplausos e da música oficial da campanha “Freedom”, da cantora Beyoncé. • CNN
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O evento acontece na Pensilvânia, estado decisivo para a disputa de novembro, e dará início a uma série de comícios que a dupla fará pelo país, nos próximos dias. • U.S. NETWORK POOL
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Durante o evento, Kamala Harris aceitou formalmente a nomeação para ser candidata à presidência pelo Partido Democrata • U.S. NETWORK POOL
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Kamala disse a uma multidão barulhenta na Filadélfia que os democratas, embora energizados, têm trabalho a fazer para vencer em novembro. • U.S. NETWORK POOL
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Tim Walz discursou pela primeira vez no evento desde que foi escolhido como vice de Kamala para a chapa democrata. • U.S. NETWORK POOL
Como um presidente é eleito nos EUA?
Mais de 150 milhões de pessoas votarão indiretamente para o cargo de presidente no dia da eleição ou antes. Mas são os 538 delegados que formam o Colégio Eleitoral que escolherão o presidente em um processo que se estende de dezembro a janeiro.
Na votação indireta, as pessoas elegem os “delegados”, figuras eleitorais engajadas politicamente e membros ativos dos partidos. São eles quem escolhem as pessoas que vão ocupar cargos políticos. Nos EUA, esse sistema é utilizado tanto nas eleições primárias (a disputa entre os pré-candidatos) quanto nas gerais (quando participam somente um candidato de cada partido).
Os delegados são representantes que votam seguindo a vontade da maioria dos eleitores de cada estado.
Conforme estabelecido na Constituição dos Estados Unidos, os americanos votam nos candidatos à Presidência e, de acordo com o número de votos obtidos em cada estado, os candidatos recebem os votos dos delegados, correspondentes à região.
Juntos, os delegados formam o Colégio Eleitoral, quando esses representantes, então, se reúnem nos respectivos estados e votam para presidente e vice-presidente, esse ano a convenção será em 17 de dezembro.
Esses votos serão contados na Câmara dos Deputados em 6 de janeiro de 2025. O novo presidente toma posse em 20 de janeiro de 2025.
Quantos delegados cada estado tem?
Esse número varia de estado para estado, de acordo com o número de deputados – que muda com base no censo demográfico.
Os menores estados — Alasca, Delaware, as duas Dakotas, Vermont e Wyoming — recebem três representantes cada. Os estados mais populosos são Califórnia (54 delegados), Texas (40 delegados) e Flórida (30 delegados).
Esses números podem mudar a cada 10 anos porque a Constituição exige uma contagem oficial da população, ou censo, e o número de assentos no Congresso é então redistribuído. O censo mais recente ocorreu em 2020, então o número de delegados mudou desde então.
Os eleitores em Washington, DC, também ganham três delegados graças à 23ª Emenda, mas não têm representação eleitoral na Câmara ou no Senado.
Quantos delegados existem e quantos são necessários para ganhar a Casa Branca?
Ao todo, são 538 delegados, portanto, um candidato à Presidência dos EUA precisa conquistar ao menos 270 delegados (metade + 1).
Ganhar a Casa Branca é um exercício de mapeamento para candidatos presidenciais, eles devem comparar os estados onde devem investir mais na campanha para saírem vencedores.
Quais são os estados-pêndulo em 2024?
São os estados onde o resultado não está claro e os eleitores podem votar para quaquer um dos candidatos.
Como resultado, as campanhas concentram sua energia nessas regiões, que podem ser divididas em duas categorias gerais.
Três estados-pêndulo do Centro-Oeste dos EUA, também conhecidos como “a muralha azul” – Estes são os estados de Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, com forte presença de indústrias e sindicatos.
Eles costumavam ter mais afinidade com os democratas, mas mudaram nos últimos anos, à medida que suas populações mudaram e Trump atraiu eleitores brancos sem diploma universitário.
Quando Trump ganhou a Casa Branca em 2016, ele ganhou em todos esses três estados. Quando Biden se elegeu em 2020, também ganhou em todos os três.
Se Kamala ganhar em todos os três este ano, ela provavelmente terá os delegados necessários para ser presidente. Mas as pesquisas sugerem disputas acirradas em todos estes estados.
A participação será fundamental, o que para que a atual vice-presidente significa atrair mulheres suburbanas e eleitores negros, e convencê-los a sair de casa para votar, já que o voto não é obrigatório. Todos os três estados têm grandes centros urbanos.
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Projeções da CNN para eleição de 2024 • CNN
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Resultado eleições 2020 • CNN
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Resultado eleições 2016 • CNN
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Os estados da “muralha azul” geralmente votam da mesma forma. A última vez que eles não votaram todos para o mesmo candidato, foi em 1988 – um ano em que a Califórnia era vermelha (republicana) e a Virgínia azul (democrata).
Nas oito eleições desde 1988, a única vez que os estados da “muralha azul” foram para um republicano, foi em 2016, quando Trump venceu levou todos.
Quatro estados-pêndulo no Cinturão do Sol. São os estados com populações crescentes, como Arizona e Nevada no Oeste, e Carolina do Norte e Geórgia no Leste. Arizona, Geórgia e Carolina do Norte costumavam ser mais seguros para os republicanos.
Trump venceu a Carolina do Norte duas vezes, mas as diferenças foram pequenas em 2020. O último democrata a vencer lá foi Barack Obama em 2008. Biden foi o primeiro democrata a vencer a Geórgia desde Bill Clinton em 1992 e no Arizona desde desde Clinton, em 1996.
Um voto em Nebraska já é um estado-pêndulo. Na maioria dos estados, o candidato à Presidência que receber a maioria dos votos populares leva todos os delegados, independente da diferença percentual – processo conhecido como “winner takes all” (o vencedor leva tudo). Com exceções ao Maine e Nebraska, que dividem alguns dos votos eleitorais.
O estado de Nebraska é um território seguro para Trump, mas o distrito congressional ao redor de Omaha é um pêndulo. Esse delegado pode acabar sendo muito importante no caso de uma disputa acirrada no Colégio Eleitoral.
Observação: No Maine, a situação é inversa, é o único outro estado que não concede todos os seus delegados ao vencedor estadual. Trump pode obter um único voto eleitoral no estado.
E se houver um empate entre delegados?
Se por um acaso nenhum candidato atingir a quantidade de 270 ou se os dois candidatos chegarem exatamente a 269 votos cada um, a Câmara dos Deputados decide quem será o novo presidente, entre os três candidatos que obtiveram mais votos, em uma nova e diferente votação. O processo é conhecido como “eleição contingente”.
Neste caso, vale ressaltar que os deputados que definem o presidente não são os que já estão no cargo, e sim os que forem eleitos em novembro.
Apenas duas vezes na história dos Estados Unidos, o presidente foi escolhido pela Câmara: em 1800 e 1824.
Cada um dos 50 estados receberia um voto. Os republicanos atualmente controlam mais delegações da Câmara. Mesmo se perderem a maioria geral da Câmara com as eleições de novembro, os republicanos provavelmente ainda controlariam mais da metade das delegações do Congresso.
Delegações nas quais há uma divisão igual entre republicanos e democratas (atualmente são duas) não seriam contadas.
Resumindo: um empate no Colégio Eleitoral provavelmente resultaria na presidência de Trump.
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Bandeira com a foto de Donald Trump na frente da Trump Tower, edifício luxuoso do bilionário em Nova York. • REUTERS
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Sob o slogan “Make America Great Again”, Donald Trump concorreu às eleições presidenciais americanas pelo Partido Republicano em 2016. • REUTERS
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O republicano e a rival democrata de 2016, Hillary Clinton. • Foto: Getty Images
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Em 2020, Donald Trump disputou a reeleição, desta vez contra o democrata Joe Biden, e perdeu. Na foto, os dois candidatos se enfrentando, novamente, durante debate presidencial da CNN deste ano, antes de Biden desistir da reeleição em julho. • Getty Images
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Apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, em Washington, D.C., em 6 de janeiro de 2021. • REUTERS
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Após Biden desistir da candidatura, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, se tornou a candidata do Partido Democrata, principal rival de Donald Trump em 2024. • REUTERS
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Durante comício na Pensilvânia na campanha eleitoral de 2024, Trump sofreu uma tentativa de assassinato. O candidato levou um tiro de raspão na orelha. • REUTERS
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Donald Trump ao lado da atriz de filme pornográficos Stormy Daniels, em 2006. • Reprodução/Redes sociais
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Trump foi considerado culpado de agredir sexualmente e difamar a escritora E. Jean Carroll, que o acusou de estuprá-la há quase três décadas. A defesa do ex-presidente está recorrendo para anular a decisão. • REUTERS
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Na foto, Donald Trump ao lado da esposa, Melania Trump. • REUTERS
Como a votação pode se desenrolar em uma eleição de desempate
Se um empate no Colégio Eleitoral forçar uma eleição contingente, cada estado recebe um voto, e uma maioria simples de 26 votos elegeria o novo presidente.
Os republicanos atualmente têm a maioria nas delegações da Câmara dos EUA de 26 estados, e essa vantagem pode aumentar, de acordo com as projeções para as eleições dos deputados em novembro.
No Senado, é um processo mais simples. Cada senador teria um voto para selecionar o vice-presidente.
Os democratas têm uma pequena maioria no momento, mas estão defendendo mais assentos no dia da eleição e há uma boa chance de os republicanos controlarem o Senado em janeiro.
Como os membros do Congresso são eleitos e por que o equilíbrio de poder é fundamental?
A cada dois anos, todas as 435 cadeiras da Câmara entram em disputa. A maioria dessas cadeiras é relativamente segura para republicanos ou democratas, mas sempre há a possibilidade de a maioria mudar de mãos.
Os democratas são os favoritos em 208 disputas e os republicanos em 212, de acordo com as classificações de disputas pré-eleitorais da Câmara.
Com apenas 15 disputas listadas como indecisas, é provável que nenhum dos partidos tenha uma maioria muito grande no ano que vem.
As mudanças no equilíbrio de poder realmente aconteceram mais nas eleições recentes. Este ano, os republicanos estão indo para a eleição com uma pequena maioria, e é inteiramente possível que os democratas ganhem sua própria pequena maioria para a próxima Câmara, mesmo que percam a Casa Branca e o controle do Senado.
É importante que algum partido controle a Câmara dos Deputados. Os presidentes precisam de controle aprovar suas decisões.
O partido fora do poder quer o controle para bloquear as decisões do presidente. Em um mundo ideal, os dois lados trabalhariam juntos para encontrar consenso em questões como imigração, por exemplo.
- Líder da maioria no Senado dos EUA, senador democrata Chuck Schumer • 06/02/2024 REUTERS/Amanda Andrade-Rhoades
E como fica a eleição no Senado?
É um pouco diferente no Senado, onde apenas um terço das cadeiras são disputadas a cada dois anos. Os democratas estão na defensiva enquanto tentam defender sua pequena maioria no Senado.
Das 34 cadeiras para as quais há uma eleição este ano, os democratas estão defendendo 20 e os republicanos 13.
Duas dessas cadeiras democratas, em West Virginia e Montana, provavelmente serão conquistadas pelos republicanos, de acordo com as pesquisas para o Senado. Outra, em Ohio, é tida como indecisa.
O Partido Democrata espera conseguir uma vitória inesperada no Texas ou na Flórida, mas o Partido Republicano está a caminho de ter uma pequena maioria no Senado em 2024.
Supondo que os republicanos detenham todas as cadeiras que possuem atualmente, eles podem controlar a Câmara se mudarem uma cadeira democrata e ganharem a Casa Branca (o vice-presidente desempatar no Senado) ou ganharem duas cadeiras, independentemente do resultado da corrida presidencial.
Não importa quem tenha o controle do Senado, não se espera que nenhum partido tenha uma supermaioria. Isso é importante porque os senadores geralmente seguem o costume de respeitar bloqueios.
Geralmente, são necessários 60 votos para promulgar grandes peças de legislação, embora tanto republicanos quanto democratas têm encontrado maneiras de contornar isso nos últimos anos.
O Partido Republicano encontrou uma maneira de passar cortes de impostos sob Trump sem os 60 votos.
O Partido Democrata fez a mesma coisa com seu Ato de Redução da Inflação, que, entre outras coisas, visa fazer a transição dos EUA para uma economia mais verde.