Kamala Harris, candidata à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, tem 45% das intenções de voto, contra 42% de Donald Trump, candidato pelo Partido Republicano, segundo uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos.
Embora a diferença tenha permanecido estável em comparação com uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada uma semana antes, o novo levantamento, fechado no domingo (13), indica que os eleitores — particularmente os democratas — podem estar mais entusiasmados com a eleição deste ano do que em relação a 2020, quando o Joe Biden derrotou Trump.
Cerca de 78% dos eleitores registrados na pesquisa disseram que estão “completamente certos” de que votarão na eleição presidencial. Ainda segundo a pesquisa, 86% dos eleitores democratas e 81% dos republicanos consultados afirmam que estão “completamente certos” de que votarão.
A parcela de entrevistados que se diz certa de que irá votar aumentou em relação à pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 23 a 27 de outubro de 2020, quando o índice foi de 74%.
No levantamento de 2020, 74% dos democratas e 79% dos republicanos afirmaram que iriam votar.
A pesquisa teve uma margem de erro de cerca de 4 pontos percentuais.
Kamala melhor em saúde e democracia
Kamala Harris parece estar ganhando força com os eleitores que a escolheram como a melhor candidata para a saúde e para lidar com extremismo político.
Ainda assim, os eleitores também avaliam a economia dos EUA como a principal questão na eleição, destacando que Trump é o melhor administrador econômico, de acordo com a nova pesquisa.
Kamala tem 43% de apoio, contra 38% de Trump, quando os eleitores foram questionados sobre quem é melhor para lidar com extremismo político e ameaças à democracia.
Ela lidera por 14 pontos na política de saúde. Em ambas as questões, a diferença entre os candidatos permaneceu praticamente inalterada em relação à pesquisa Reuters/Ipsos de 20 a 23 de setembro.
Trump melhor em economia
Trump tem 45% de apoio, contra 40% de Kamala, quando os eleitores foram questionados sobre quem é o melhor candidato para “economia, desemprego e empregos”.
Essa categoria foi escolhida por 26% dos entrevistados como o maior problema que a nação enfrenta; 23% escolheram extremismo político; e 3% disseram que o principal problema é a saúde.
A “vantagem” de Trump na economia, de 5 pontos percentuais, aumentou em comparação com a pesquisa de 20 a 23 de setembro, que era de 2 pontos percentuais.
Disputa acirrada em estados-pêndulo
Embora pesquisas nacionais deem sinais importantes sobre as opiniões do eleitorado, os resultados de cada estado determinam o vencedor, com sete estados que devem ser decisivos — os chamados estados-pêndulo.
As pesquisas indicam que Kamala e Trump estão em uma disputa acirrada nesses estados, sendo que muitos resultados estão dentro das margens de erro.
Assim, os esforços dos candidatos para garantir que seus apoiadores realmente votem provavelmente serão essenciais para determinar o vencedor, tendo em vista que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.
Dois terços dos adultos dos EUA votaram na eleição de novembro de 2020, a maior participação em mais de um século, de acordo com estimativas do U.S. Census Bureau e do Pew Research Center.
Embora os eleitores pareçam relativamente ansiosos para votar, nenhum dos candidatos foi apreciado pela maioria do eleitorado. Apenas 46% dos eleitores na pesquisa disseram ter uma opinião favorável sobre Kamala, e 42% disseram o mesmo sobre Trump.
Metodologia
A pesquisa da Reuters/Ipsos entrevistou 938 adultos dos EUA de forma online, em todo o país, incluindo 807 eleitores registrados. Entre estes, 769 foram considerados os mais propensos a comparecer no dia da eleição.
Entre estes prováveis eleitores, Kamala tinha 47% das intenções de voto, contra 44% de Trump.