Estudantes de medicina do Centro Universitário de Valença (UNIFAA), no Rio de Janeiro, alegam que a empresa Phormar Formaturas e Eventos Ltda, contratada para realizar a festa de formatura da turma, desviou o dinheiro arrecadado para a celebração. Conforme apurado pela CNN, o prejuízo total é de R$ 1.274.584,81.
Segundo os estudantes da turma de Medicina Eros, a festa de formatura ocorreria em Juiz de Fora (MG), cidade onde fica localizada a empresa de eventos, a aproximadamente 100 km de Valença. A comemoração estava marcada para 18 de janeiro de 2025 e contaria com a presença de 2.400 convidados.
Contudo, por conta do contratempo, a festa foi cancelada. Diante disso, os formandos arrecadam fundos para uma nova celebração por meio de vaquinhas on-line.
Os alunos argumentam que a Phormar Eventos realizou inúmeros transferências bancárias sem autorização ou consentimento dos membros do fundo de formatura, retirando integralmente o montante destinado à festa e direcionando-o para outras contas desconhecidas por eles.
Após tomarem conhecimento do desvio da verba, os alunos entraram em contato com o proprietário da Phormar. Porém, conforme os estudantes, eles não obtiveram resposta. Além disso, os formandos dizem que outras turmas também foram prejudicadas pela empresa de eventos.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou à CNN que investiga a empresa pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora. Além disso, na última sexta-feira (6), o Ministério Público do estado instaurou uma investigação preliminar para elucidar a “conduta abusiva” praticada pela empresa.
De acordo com advogado Maurício Alves Costa, que representa a turma de medicina, as contas do estabelecimento foram bloqueadas por meio de uma decisão judicial, também emitida na última sexta-feira.
“Diante da ausência de garantias de que o valor seria devolvido e após constatar que outras turmas também haviam sido igualmente prejudicadas, entendemos que a única forma de reaver o nosso dinheiro seria por meio de ação judicial”, diz nota enviada pela Medicina Eros à equipe de reportagem.
Segundo os estudantes, a empresa “acabou com o sonho de inúmeras famílias” e gerou “danos psicológicos e financeiros para todos em um momento tão importante.”
A CNN procurou a empresa Phormar, bem como o proprietário para esclarecer os fatos descritos nesta matéria, contudo, não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
*Sob supervisão