A analista de política da CNN Brasil, Basília Rodrigues, foi apontada como uma das três jornalistas negras mais admiradas do Brasil em 2024.
A profissional foi premiada na noite desta segunda-feira (11), em cerimônia realizada no Itaú Cultural, em São Paulo.
O Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, que está em sua segunda edição, é uma realização da newsletter Jornalistas&Cia.
“A premiação teve um clima muito ‘mágico’. Foi possível ver diferentes gerações de jornalistas negros reunidas e como as mais antigas perseveraram. Receber um prêmio como esse é uma forma de agradecimento a estes profissionais que vieram antes de mim e uma demonstração de responsabilidade com os que estão vindo depois”, descreveu Basília.
A escolha dos finalistas
Entre os meses de setembro e novembro deste ano, jornalistas e demais profissionais de comunicação puderam votar naqueles que consideram os mais admirados jornalistas negros do país.
Em uma primeira fase da votação, os participantes indicavam cinco nomes de profissionais atuantes em redações brasileiras. Os mais votados seguiram para um segundo turno, no qual havia uma “cédula de votação e em ordem alfabética, os nomes dos finalistas, cabendo aos eleitores votarem em até cinco nomes, indicando a colocação de primeiro ao quinto lugar”, conforme explica o regulamento.
Desta segunda rodada de votação, saíram os nomes dos 50 profissionais mais admirados. Os dez primeiros colocados foram mencionados na cerimônia de premiação.
O pódio, composto por mulheres, teve as apresentadoras Aline Midlej e Roberta Garcia, na primeira e segunda colocação, respectivamente. Basília foi a terceira colocada.
“Para mim, foi uma honra entrar no pódio dos jornalistas mais admirados do país fazendo parte de um grupo seleto de profissionais que enfrentam desafios, que vão desde a percepção do público ao critério de seleção do mercado de trabalho”, comentou a analista de política da CNN.
Luta antirracista
Segundo os organizadores, o objetivo da premiação é “contribuir de forma incisiva com a luta antirracista no Brasil numa das mais relevantes e estratégicas atividades profissionais – a imprensa – mediante uma iniciativa de amplitude nacional que dê visibilidade aos jornalistas negros e negras”.
“A luta racial precisa ser conduzida de uma maneira estratégica, porque, ao mesmo tempo que é importante, também incomoda muita gente”, ponderou Basília.