As eleições presidenciais nos Estados Unidos chegam ao fim nesta terça-feira (5), com os eleitores americanos decidindo entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. Segundo análise de Silvio Cascione, diretor da Eurasia Group no Brasil, no CNN 360, o ex-presidente republicano teria maior facilidade para implementar suas propostas econômicas caso seja eleito.
De acordo com o especialista, as promessas de Trump, especialmente aquelas relacionadas à imigração e ao comércio internacional, podem ser executadas em grande parte sem a necessidade de aprovação do Congresso. “As promessas sobre imigração, maior controle de fronteira, aumento das deportações, isso dá para apertar várias dessas medidas sem a necessidade de apoio no Congresso”, explica Cascione.
Autonomia presidencial em questões comerciais
No que diz respeito às políticas comerciais, o analista destaca que o presidente dos Estados Unidos possui considerável autonomia. “Nas tarifas comerciais, o presidente tem um poder grande independente do Congresso”, afirma. Isso significa que Trump poderia, por exemplo, aumentar tarifas sobre produtos chineses sem enfrentar grandes obstáculos legislativos.
Por outro lado, Kamala Harris enfrentaria mais desafios para implementar suas propostas econômicas. Cascione ressalta que muitas das promessas feitas pelos democratas durante a campanha, como maiores investimentos e possíveis alterações na política fiscal, dependeriam fortemente do apoio do Congresso para serem concretizadas.
Percepção pública e capacidade de gestão econômica
O especialista também observa que, na percepção da maioria dos americanos, Trump é visto como alguém com maior capacidade de conduzir a economia e resolver os problemas percebidos pelos cidadãos, em comparação com sua adversária do Partido Democrata.
Essa percepção pode influenciar significativamente o resultado das eleições, uma vez que a situação econômica é frequentemente um fator decisivo para muitos eleitores. A capacidade de implementar promessas de campanha e a confiança do público na gestão econômica são elementos cruciais que podem definir o próximo ocupante da Casa Branca.
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