Um técnico de futebol denunciou uma psicóloga de racismo após ser chamado de “macaco” durante um campeonato de futebol, ocorrido no último sábado (2), em Goiânia. A mulher, identificada como Laryssa Brasil Bassanesi, chegou a ser presa em flagrante, mas foi solta em audiência de custódia.
Segundo a polícia, o caso aconteceu durante um campeonato de futebol infantil no Residencial San Marino.
A mulher estava no local, pois acompanhava o seu filho que participava do jogo, quando chamou o técnico do time de “macaco” e fez gestos simulando movimentos do animal.
Em um vídeo gravado por testemunhas, é possível ver a psicóloga tentando se justificar do crime. Veja:
A polícia militar foi acionada, mas Laryssa conseguiu sair do local antes da chegada dos agentes.
A vítima, então, recorreu aos policiais plantonistas da Central de Flagrantes, que se dirigiram até a residência da psicóloga e conseguiram a prender em flagrante.
No momento da prisão, o marido da suspeita afirmou que ela estava sendo vítima de perseguição e inveja “pelo fato de ser bonita”.
Em nota enviada à CNN, a defesa de Layrssa Brasil Bassanesi, representada pelo advogado Carlos Márcio Rissi Macedo, informou que a “concessão da liberdade foi medida justa e adequada”.
A audiência foi realizada no último domingo (3). O promotor de Justiça Vilanir de Alencar Camapum Júnior entendeu que a mulher “não oferece riscos à ordem pública”.
“Desnecessária a manutenção da prisão da conduzida, pois, ao que tudo indica, não oferece riscos à ordem pública, tampouco há elementos que indiquem que irá se evadir do distrito da culpa e/ou que prejudicará a instrução criminal. Além disso, a custodiada possui residência fixa e é primária, não estando no momento respondendo a nenhuma ação penal. Neste diapasão, entendo suficientes a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”, diz um trecho da decisão.
No entanto, foram estabelecidos medidas cautelares pela Justiça, que consistem na proibição da psicóloga de frequentar qualquer tipo de estádio e locais esportivos, além da proibição de manter contato com a vítima e de repercutir o caso em redes sociais.
O Conselho Regional de Psicologia 9ª Região – Goiás (CRP-09) publicou uma nota de repúdio sobre o caso nas redes sociais e afirmou que “reafirma seu compromisso em combater o racismo e em fortalecer uma atuação antirracista, incentivando a reflexão crítica e a formação contínua sobre questões de raça e etnicidade em todas as práticas psicológicas”.
Confira a nota completa:
A CNN tenta contato com o advogado responsável pela defesa da vítima.
*Sob supervisão de Bruno Laforé