A Polícia Civil de São Paulo indiciou Alekssander Ricardo Tancredi, de 30 anos, preso na última sexta-feira (1) por homicídio culposo, após participação na morte de um cruzeirense ocorrida durante uma emboscada da Mancha Verde contra integrantes da Máfia Azul, no final do mês passado em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.
Ao todo, 17 integrantes da torcida do Cruzeiro ficaram feridos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, além do crime de homicídio culposo, Alekssander, um dos palmeirenses envolvidos na confusão, também foi indiciado por lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa.
Após ser preso, ele passou por audiência de custódia e posteriormente foi encaminhado ao sistema prisional.
De acordo com o órgão, a investigações contra todos os torcedores do time paulistano que participaram do atentado seguem sob sigilo da Justiça, já que alguns dos envolvidos permanecem foragidos.
Após o indiciamento do suspeito, o advogado Gilberto Quintanilha, que representa a defesa dos torcedores da Mancha Verde, se manifestou por meio de uma nota divulgada nas redes sociais. Segundo a defesa, os pedidos de prisão dos integrantes da torcida seriam injustos e precoces:
“O escritório Alves & Quintanilha, se manifesta no sentido de que o pedido de prisão de integrantes da torcida foi precoce e injusto. Dentre os mandados de prisão, estão torcedores que não se envolveram em nenhum tipo de agressão, e outros que sequer estavam no local.”, alega o advogado.
Ainda segundo ele, até o momento, a equipe judicial dos agressores ainda não tiveram acesso ao inquérito, tampouco ao resultado das diligências.
Relembre a emboscada
No fim do mês passado, a torcida do Palmeiras Mancha Verde armou uma emboscada contra a torcida do Cruzeiro, Máfia Azul, deixando um morto e 17 feridos na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, no interior de São Paulo.
Na ocasião, a torcida cruzeirense voltava de um jogo contra o Athletico-PR, que aconteceu na capital Curitiba (PR), onde o time paranaense saiu vitorioso. Já a torcida Mancha Verde voltava de um jogo na capital paulista contra o Fortaleza, que terminou empatado.
Ao se cruzarem em um determinado trecho na rodovia, as torcidas teriam iniciado o confronto e começaram a trocar rojões entre si.
Alguns dos torcedores palmeirenses envolvidos no conflito ainda permanecem foragidos, entre eles Jorge Luiz Sampaio do Santos, presidente da Mancha Verde — torcida organizada da Sociedade Esportiva Palmeiras – e o vice, Felipe Mattos.
*Sob supervisão de Bruno Laforé