As enchentes mortais que abalaram a Espanha nesta semana após chuvas intensas e históricas alteraram a paisagem da costa do país, fazendo com que o mar parecesse avançar ainda mais pela terra, conforme mostraram imagens tiradas do espaço.
Ao menos 205 pessoas morreram com as enchentes — causadas por um tipo de evento de chuva extrema que está se tornando muito frequente, à medida que o mundo esquenta devido à poluição por combustíveis fósseis.
Partes da área atingida agora parecem uma extensão do Mar Balear, depois que chuvas sem precedentes transformaram o que deveria ser solo seco em uma vasta extensão de água, mostram imagens de satélite capturadas em 30 de outubro.
A cobertura generalizada de águas da enchente sobre áreas do interior quase transformou áreas costeiras em ilhas.
Os cursos d’água que eram quase imperceptíveis na imagem de satélite “antes”, do início do mês — como a que corta ao sul do centro da cidade de Valência —, agora estão destacados em azul brilhante.
Dezenas de pessoas continuam desaparecidas até esta sexta-feira (1°), enquanto os esforços de resgate e recuperação continuam.
O equivalente a um ano de chuva caiu em poucas horas no centro-leste da Espanha na terça-feira (29), inundando rios, transformando ruas em corredeiras furiosas e levando carros e pontes.
FOTOS — Veja imagens da destruição na Espanha
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Carros empilhados após fortes chuvas e inundações em Valência, na Espanha • 1/11/2024 REUTERS/Susana Vera
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Área alagada de Sedaví, na província de Valência, na Espanha • 31/10/2024 REUTERS/Susana Vera
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Carros em meio a enchente na Espanha • Reprodução/Reuters
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Imagens de satélite tiradas em 8 de outubro (antes) e 30 de outubro (depois) mostram o quanto as enchentes alteraram a paisagem na costa centro-leste da Espanha • USGS, processado por ESA via CNN Newsource
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Pessoas caminham em meio a enchente em Valência Espanha • Reprodução/Reuters
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Equipes de resgate atuam após enchentes na Espanha • Reprodução/Reuters
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Inundações deixaram destruição e mortos na Espanha • Reprodução/Reuters
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Maior enchente em décadas atingiu Valência • Reprodução/Reuters
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Socorristas em meio a destroços durante enchentes na Espanha • Reprodução/Reuters
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Maior enchente em décadas atinge Valência na Espanha e deixa mortos • Reprodução/Reuters
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Inundações arrastaram carros na Espanha • Reprodução/Reuters
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Enchente em Alfafar, na região espanhola de Valência • 31/10/2024 REUTERS/Miguel Pereira
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Imagens de satélite mostram Valência, na Espanha, antes de enchentes, em 18 de outubro de 2024 • Maxar Technologies
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Imagens de satélite mostram inundações em Valência, na Espanha, em 31 de outubro de 2024 • Maxar Technologies
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Imagens de satélite mostram rodovia e ponte antes de enchentes em Valência, na Espanha, em 18 de outubro • Maxar Technologies
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Imagens de satélite mostram destruição em Valência, na Espanha, após enchentes, em 31 de outubro de 2024 • Maxar Technologies
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Imagens aéreas mostram ponte e rodovia em Valência, na Espanha, antes de enchentes, em 18 de outubro • Maxar Technologies
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Imagens aéreas mostram ponte danificada em Valência, na Espanha, depois de enchentes, em 31 de outubro • Maxar Technologies
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Imagens de satélite mostram estação de tratamento de água e rodovia em Valência na Espanha antes das enchentes, em 18 de outubro de 2024
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Imagens de satélite mostram estação de tratamento de água e rodovia em Valência na Espanha após enchentes, em 31 de outubro de 2024 • Maxar Technologies
Entenda o fenômeno que causou enchentes
As inundações que mataram centenas de pessoas na Espanha foram causadas por um sistema climático destrutivo conhecido localmente DANA, uma sigla em espanhol para Depressão Isolada de Alta Altitude.
Com este fenômeno, o ar frio e quente se encontram e produzem poderosas nuvens de chuva, um padrão que cientistas acreditam estar se tornando mais frequente devido às mudanças climáticas.
Ao contrário de tempestades ou rajadas comuns, o DANA pode se formar independentemente de correntes polares ou subtropicais.
Saiba mais através desta matéria.
*com informações da Reuters
Brandon Miller, meteorologista da CNN, Paul P. Murphy e Laura Paddison, da CNN, contribuíram para esta reportagem
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