A seca extrema na região da Amazônia deixaram danos extensos ao Rio Xingu, no Pará. Uma imagem do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra os impactos da estiagem severa no rio. O trecho captado pelo Imazon é próximo à hidrelétrica de Belo Monte, no estado paraense.
No último mês de setembro, o Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) afirmou que o país sofria pior seca desde 1950, quando os registros do órgão começaram. O instituto que divulgou as imagens comparou o Rio Xingu em setembro de 2023 e setembro de 2024 para mostrar os prejuízos ao longo de 12 meses.
Veja abaixo:
Segundo o Cemaden, é o segundo ano consecutivo de seca extrema no Brasil. Em setembro, quase 60% do país era afetado e algumas cidades, incluindo a capital Brasília, sofriam com mais de 140 dias consecutivos sem chuva.
Outros rios da região da Amazônia também atingiram baixas históricas.
Também no mês de setembro, o Solimões, um dos principais afluentes do poderoso rio Amazonas, cujas águas se originam nos Andes peruanos, caiu ao seu nível mais baixo já registrado em Tabatinga, cidade brasileira na fronteira com a Colômbia.
No Rio Negro, os impactos foram mais rápidos que o comparativo feito pelo Imazon. Imagens feitas pelo portal Manaus Turismo e cedidas à CNN mostram um trecho do Rio Negro sem água em 19/09/2024, após estar cheio em 20/06/2024. Veja as fotos aqui.
No último dia 4 de outubro, o Rio Negro atingiu a maior seca de sua história em mais de 120 anos de medição. O Porto de Manaus registrou um nível do rio de 12,66 metros.
“Os mínimos nesses rios… geralmente são no final de outubro”, disse Adriana Cuartas, pesquisadora do Cemaden. Este ano, eles aconteceram mais cedo e os níveis de água continuarão a diminuir, ela disse à CNN.
(Com informações de Reuters)