Diversos animais silvestres que estão em atendimento no Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras) do Parque Ecológico do Tietê, na zona leste de São Paulo, passaram a receber um tratamento especial em meio à crise climática que atinge o estado e grande parte do país.
Para minimizar os impactos do tempo seco e do calorão registrados em todo o estado, a administração do Cetras providenciou ar-condicionado para os filhotes, picolé de frutas, banho de ‘chuva artificial’, frutas refrescantes, sombra e muita água fresca para os bichinhos.
As medidas foram adotadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do governo para melhorar o conforto térmico dos animais que moram no local.
Bichos como o macaco-prego, o sagui-de-tufo-branco, o quati, a iguana e os jabutis aprovaram as novidades. O Cetras recebe animais apreendidos e faz o trabalho de repatriação ao seu local de origem.
Pelo menos uma vez ao dia, os macaquinhos, por exemplo, recebem uma espécie de “picolé no palito” oferecida pelos tratadores. Não são sorvetes de verdade, mas sim pedaços de frutas congelados com água de coco ou suco de fruta.
Temperaturas extremas afetam animais
Para garantir um ambiente mais fresco para uma arara adulta que chegou ao Cetras há cerca de três meses, uma cobertura de folhas naturais foi improvisada sobre o viveiro. De acordo com o centro, o animal passou passou a ficar muito mais confortável com a medida.
A ave segue em processo de reabilitação e deve voltar à natureza.
A troca frequente de água, a entrega de cubos de gelo nas vasilhas, o ambiente climatizado na maternidade e os banhos com pulverizadores também estão entre as adaptações feitas no espaço para garantir o bem-estar dos bichos.
Uma iguana que chegou há dois meses no centro tem se refrescado diariamente com a água que sai pulverizador como se fosse chuva. Veja imagens acima. O réptil chegou ao Cetras apresentando queimaduras por lâmpadas de aquecimento, mas já se recupera bem.
A maioria dos animais em atendimento no Cetras são originários do tráfico de animais silvestres. O local já recebeu 4.040 bichos, sendo 3.228 aves, 259 mamíferos, 550 répteis e 3 anfíbios.
Dos animais já reabilitados, 78,76% foram destinados para soltura.