Quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas em um ataque a tiros na manhã de quarta-feira (4) na Escola Apalachee, na Geórgia, Estados Unidos. O caso foi o mais mortal do tipo neste ano.
O suspeito do ataque foi identificado como um estudante de 14 anos, que será acusado de homicídio e julgado como adulto, disseram as autoridades.
Ele foi levado sob custódia policial e preso ainda na quarta-feira e é um aluno Escola Apalachee.
Não se sabe se o agressor tinha alguma ligação com suas vítimas, segundo o xerife do condado de Barrow, Jud Smith, embora as autoridades tenham enfatizado que isso será apurado pela investigação.
“O pai afirmou que tinha armas de caça em casa, mas que o suspeito não tinha acesso não supervisionado a elas”, acrescentou o comunicado.
O jovem foi questionado pelas autoridades no ano passado em relação a “dicas anônimas sobre ameaças online de cometer um ataque em uma escola”, de acordo com uma declaração conjunta do FBI, o escritório nacional de investigações, de Atlanta e do Gabinete do Xerife do Condado de Jackson.
O estudante negou ter feito ameaças online, ressaltaram as agências; no entanto, a declaração das autoridades observou que as ameaças online incluíam fotografias de armas.
Outro investigador escreveu que esse caso anterior foi encerrado porque não poderia ser comprovado.
Na época, “não havia causa provável para prisão ou para tomar qualquer ação adicional de aplicação da lei nos níveis local, estadual ou federal”, ressaltaram o FBI em Atlanta e o xerife do Condado de Jackson em sua declaração conjunta.
O estudante está atualmente detido no Centro Regional de Detenção Juvenil de Gainesville, afirmouo diretor de comunicações do Departamento de Justiça Juvenil da Geórgia, Glenn Allen, à CNN.
Ele deve ter uma primeira audiência nesta sexta-feira (6).
Testemunha se sentou ao lado do suspeito
Lyela Sayarath, de 16 anos, disse à CNN que o suposto agressor se sentou ao lado dela em uma aula de álgebra.
Ela disse que o aluno saiu da aula mais cedo, por volta das 9h45. Ela pensou que ele ia ao banheiro, mas não pediu permissão — pensou, assim, que poderia estar matando aula.
Perto do final da aula, alguém pediu pelos alto-falantes ao professor para verificar seu e-mail, segundo Sayarath.
Pouco depois, o suspeito estava do lado de fora da sala de aula, que estava fechada, relatou a jovem. Outra estudante que se aproximou da porta deu um pulo para trás ao ver que ele carregava uma arma.
“Acho que ele percebeu que não íamos deixá-lo entrar. E acho que a sala de aula ao lado estava com a porta aberta, então acho que ele começou a atirar na sala de aula”, alegou.
No início, disse Sayarath à CNN, ela ouviu uma rajada de tiros – entre 10 e 15 – e depois eles vieram “um após o outro”. Os estudantes caíram no chão e rastejaram até um canto.
“Parecia que ele não tinha planejado muito bem ou não era muito bom com arma, porque não tentou atirar na nossa porta, foi para o próximo”, comentou.