O príncipe Harry poderá ser interrogado por quatro dias no banco de testemunhas pelos advogados do News Group Newspapers (NGN), de Rupert Murdoch, quando seu processo contra a editora for a julgamento no mês que vem, disse o Tribunal Superior de Londres nesta terça-feira (10).
O filho mais novo do rei Charles está processando o NGN por supostas atividades ilegais realizadas por jornalistas e detetives particulares trabalhando para seus jornais, o The Sun e o extinto News of the World, entre 1996 e 2011.
No mês passado, o advogado de Harry disse ao tribunal que seu caso iria a julgamento em janeiro ao lado de outro litigante — o ex-vice-líder do Partido Trabalhista, Tom Watson — após cerca de 40 outros requerentes chegarem a um acordo.
No início de uma audiência nesta terça-feira para finalizar os detalhes do julgamento de oito semanas, Anthony Hudson, advogado do NGN, disse que precisaria de quatro dias para questionar o príncipe sobre os 30 artigos que, segundo ele, foram baseados em informações obtidas ilegalmente.
Hudson também afirmou que a questão temporal sobre em que momento Harry, o Duque de Sussex, percebeu que tinha um caso a ser levado à Justiça “exigiria um extenso interrogatório”. O NGN argumenta que o príncipe apresentou seu processo tarde demais.
O advogado de Harry, David Sherborne, disse que embora seu cliente fosse “adorar” passar quatro dias testemunhando contra o NGN, um dia e meio deve ser suficiente.
O julgamento vai considerar reivindicações específicas de Harry e de Watson, além de alegações genéricas de irregularidades cometidas pela equipe do NGN, incluindo editores e outras figuras importantes.
O NGN pagou centenas de milhões de libras às vítimas de interceptação telefônica e de outros tipos de coleta ilegal de informações pelo News of the World e resolveu queixas apresentadas por mais de 1.300 pessoas.
Mas sempre rejeitou acusações de qualquer irregularidade por parte da equipe do The Sun, e nenhum caso havia chegado a julgamento anteriormente.
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