Autoridades francesas elevaram o número de mortos em Mayotte para 39, cerca de 10 dias depois das ilhas terem sido atingidas por um ciclone devastador.
Autoridades disseram que milhares de pessoas podem ter morrido na tempestade Chido quando atingiu as ilhas, uma região ultramarina francesa ao largo da costa leste africana.
Segundo os socorristas, os esforços para contar o número de mortos são prejudicados uma vez que muitos familiares estão enterrando seus entes queridos antes de informar às autoridades. Isso acontece na maioria por costumes religiosos, e pelo fato de que muitos dos falecidos podem ter sido migrantes sem documentação.
A lentidão da ajuda e os atrasos na chegada de água potável – um ponto focal mesmo antes do desastre – enfureceram os residentes de Mayotte, o território mais pobre da França localizado entre Madagascar e Moçambique.
Mohamed Abdou, um médico de Pamandzi, chamou o dia nacional de luto da França de “golpe político” em meio a relatos de negligência histórica em torno de infraestrutura, eletricidade e distribuição de ajuda, enquanto outros moradores insultaram o presidente Emmanuel Macron durante sua visita na semana passada.
Moçambique disse que 94 pessoas morreram quando a tempestade atingiu o continente africano, enquanto o vizinho Malawi relatou 13 mortes.