Seis pessoas foram presas, na quinta-feira (5), durante operação da Polícia Civil da Bahia, que visa desarticular um grupo criminoso envolvido no assassinato dos músicos Daniel e Gustavo Natividade, do bloco afro Malê Debalê.
A ação foi realizada em Arembepe, distrito de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e também resultou na apreensão de drogas.
Além dos homicídios dos irmãos, a facção é investigada por participação em outros crimes, como um triplo homicídio ocorrido em 2023.
Segundo a polícia, a operação continua em andamento, com mandados de prisão e busca e apreensão sendo cumpridos na região.
Durante a operação desta semana, cinco homens foram presos com mandados, enquanto outro foi detido em flagrante por comercialização de drogas na área, que é um conhecido destino turístico baiano.
A operação contou com o apoio de 27 equipes da Polícia Civil, coordenadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o suporte da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE/Salvador), do Departamento de Inteligência Policial (DIP), além de cinco equipes da Polícia Militar, subordinadas ao Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM/RMS), que atuaram na contenção e segurança durante a operação.
Mortes
As investigações indicam que o grupo criminoso esteve envolvido em outros crimes, incluindo um triplo homicídio em outubro de 2023 em Camaçari, além do duplo homicídio que vitimou os irmãos Natividade, mortos a tiros.
O ataque contra os irmãos membros do bloco afro ocorreu na noite de 7 de outubro, no Emissário de Arembepe. Gustavo morreu no local, enquanto Daniel chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Outras duas pessoas ficaram feridas durante o ocorrido, uma adolescente de 17 anos e um jovem de 24. A motivação do ataque que resultou na morte dos músicos ainda não foi detalhada pelas autoridades.
As investigações também conectam a facção a um triplo homicídio em Camaçari, caracterizado por extrema violência.
O líder do grupo, atualmente preso no sistema prisional de Cuiabá, Mato Grosso, foi capturado em novembro de 2024 durante uma operação da Polícia Federal.