Os homens pretos ou pardos mais jovens foram os que mais morreram no Brasil em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024 “, divulgada nesta quarta-feira (4), reúne informações sobre a realidade social e as condições de vida dos brasileiros.
No ano passado, esses jovens formaram a maioria das mortes no país com 17,3% do total de óbitos, em todas as faixas etárias até 69 anos. Foram 1.463.546 mortes em 2023, segundo o IBGE.
Até os 9 anos de idade, as mulheres pretas e pardas são as segundas que mais morrem, com 0,9% dos casos. Já a partir dos 10 anos, em segundo lugar ficam os homens brancos até 69 anos, com 11,3% do total dos óbitos.
Na faixa etária de 10 a 59 anos, 4,1% das mortes foram de mulheres pretas ou pardas, terceiro lugar no ranking. Portanto, elas morreram mais cedo que as mulheres brancas.
A partir dos 60 anos de idade, foram registrados mais óbitos de mulheres brancas do que mortes de mulheres negras. Veja abaixo os percentuais de acordo com sexo e cor de pele em 2023:
- Mulher branca (20,5%);
- Homem branco (18,9%);
- Homem preto ou pardo (15,6%);
- Mulher preta ou parda (13,8%)
Clician Oliveira, analista da pesquisa, afirma que as pirâmides etárias das mortes voltaram ao padrão de 2019, antes da pandemia da Covid-19.
“Na comparação das pirâmides etárias dos óbitos desagregados por sexo e cor ou raça, observa-se que, em 2023, há um retorno ao padrão de 2019, após os movimentos incomuns causados pelo aumento da mortalidade por COVID-19. Além disso, a velhice brasileira se reafirma como branca e, acima dos 80 anos, feminina”, destaca.
O estudo do IBGE traz indicadores, de 2012 a 2024, sobre estrutura econômica e mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de rendimentos (incluindo linhas de pobreza), condições de moradia, educação e condições de saúde.
Os recortes geográficos incluem grandes regiões, estados e cidades. Nesta edição foram apresentadas novas análises, como de indicadores de condições de vida segundo estratos geográficos e de condições de moradia de acordo com a situação de pobreza monetária.