A Polícia Civil realiza uma operação para tentar prender o ex-motorista da socialite Regina Lemos Gonçalves, na manhã desta terça-feira (26), no Rio de Janeiro.
A idosa de 88 anos acusa José Marcos Chaves Ribeiro de tê-la mantido isolada em casa, sem contato com amigos e parentes, por 10 anos. Ele é acusado por tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado.
Regina Gonçalves é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, fabricante da marca de cartas de baralho. Os agentes realizam buscas em um imóvel e apartamentos em São Conrado, bairro na zona Sul do Rio.
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A operação foi encerrada por volta das 9h desta terça. José Marcos não foi encontrado e é considerado foragido.
A investigação que tornou o ex-motorista réu foi liderada pelo 12° DP (Copacabana), iniciada em novembro de 2023. Os investigadores tiveram acesso a diversos depoimentos, laudos e boletins de atendimento e detalhes do período em que Regina viveu com José Marcos no apartamento do Edifício Chopin, ao lado do Copacabana Palace.
A denúncia pela tentativa de feminicídio foi baseada em uma internação no dia 30 de dezembro de 2021, quando Regina foi parar no hospital com uma lesão na cabeça. Na época, ninguém da família foi informada sobre o ocorrido.
Ela precisou ser operada e só teve alta em janeiro de 2022. O ex-motorista e outros investigados estão proibidos de se aproximar da vítima a menos de 500 metros de distância e de ter contato por qualquer meio.
A juíza da 4ª Vara Criminal determinou a desocupação de uma mansão em São Conrado, que estaria sendo administrada por José Marcos e teria sido alugada para terceiros.