O Hezbollah pede esforço para interromper a guerra no Líbano, mas não deposita suas esperanças de um cessar-fogo em um governo específico dos Estados Unidos, disse o parlamentar do Hezbollah Ibrahim al-Moussawi nesta quinta-feira (7), quando perguntado sobre a vitória eleitoral de Donald Trump.
“Pode ser uma mudança no partido que está no poder, mas quando se trata de Israel, eles têm mais ou menos a mesma política. Queremos ver ações, queremos ver decisões tomadas”, disse Moussawi à Reuters.
Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irã, trocam ataques há mais de um ano, paralelamente à guerra em Gaza, mas os combates aumentaram desde o final de setembro, após as tropas israelenses intensificarem os bombardeios no sul e no leste do Líbano e fazerem incursões terrestres em vilarejos na fronteira.
Israel afirma que tem como alvo a infraestrutura e os ativos militares do Hezbollah, evitando atingir civis. As autoridades do Hezbollah e do Líbano apontam para o aumento do número de mortos, com mais de 3.000, e para a destruição generalizada no país como prova de que Israel alveja civis.
Os esforços diplomáticos dos EUA para interromper os combates entre Israel e o Hezbollah, que incluíam uma proposta de cessar-fogo de 60 dias, fracassaram na semana passada, antes da eleição dos EUA na última terça-feira (5), na qual Trump reconquistou a Casa Branca.
Moussawi reconheceu o alto custo dos ataques israelenses que destruíram milhares de prédios, mas disse que a capacidade militar do grupo continua forte.
“Esse sentimento de que (Israel) não pode ser punido ou levado à Justiça internacional é resultado do apoio dos EUA, que o torna imune à responsabilização”, disse.
Quem é Ismail Haniyeh, líder político do Hamas morto no Irã