O principal aliado político do líder turco Tayyip Erdogan disse nesta terça-feira (5) que uma emenda constitucional deve ser considerada para permitir que o presidente concorra novamente nas eleições marcadas para 2028.
Após sua reeleição no ano passado, Erdogan está cumprindo seu último mandato como presidente, a menos que o parlamento convoque uma eleição antecipada, de acordo com a constituição.
Ele governa a Turquia há mais de 21 anos, primeiro como primeiro-ministro e depois como presidente.
“Não seria uma escolha natural e correta ter nosso presidente eleito mais uma vez se o terror for erradicado, e se um duro golpe for dado à inflação e a Turquia garantir estabilidade política e econômica”, disse Devlet Bahceli, líder do Partido do Movimento Nacionalista (MHP), que é aliado ao Partido AKP (AKP) de Erdogan.
Uma emenda constitucional para garantir a capacidade de Erdogan de concorrer novamente nas eleições presidenciais deve ser considerada, disse ele em um discurso parlamentar aos legisladores do MHP.
Bahceli, um nacionalista convicto, abalou a política turca no mês passado ao sugerir que o líder preso do ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) poderia ter permissão para falar no parlamento se anunciasse o fim da insurgência do grupo.
Alguns analistas disseram que a sugestão chocante pode ser motivada por um desejo do AKP-MHP de ganhar o apoio do Partido DEM pró-curdo, o terceiro maior do parlamento, para uma mudança constitucional que poderia impulsionar as perspectivas de Erdogan nas eleições de 2028.
Uma mudança constitucional pode ser submetida a um referendo se 360 legisladores no parlamento de 600 assentos a apoiarem. Uma eleição antecipada também precisa do apoio de 360 parlamentares.
O AKP e seus aliados têm 321 assentos, enquanto o DEM tem 57.
Eleições nos EUA 2024: tudo o que você precisa saber