O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou 13 pessoas, nesta quarta-feira (30), por integrarem uma rede de “tele-entrega” de drogas, que atuava na cidade de Tubarão, em Santa Catarina.
Em uma operação envolvendo a Delegacia de Investigação Criminal de Tubarão, com apoio do Ministério Público, os agentes desarticularam uma sofisticada rede de tele-entrega de drogas. A organização criminosa, que funcionava há pelo menos um ano, movimentou mais de R$ 580 mil com tráfico de drogas, no interior de Santa Catarina.
A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços, nessa quarta-feira. Entre os denunciados estão dez homens e três mulheres.
Delivery de entorpecentes
Entre setembro de 2023 e setembro de 2024, a organização criminosa movimentou mais de R$ 510 mil com a venda de maconha e R$ 71 mil com a venda de cocaína. O lucro obtido com o tráfico de drogas era utilizado para financiar as atividades da organização e o estilo de vida luxuoso dos líderes.
As investigações que levaram à desarticulação da organização criminosa duraram vários meses e envolveram a coleta de provas como interceptações telefônicas, monitoramento de redes sociais e análise de documentos bancários.
Cada suspeito tinha uma função específica na organização criminosa. O líder centralizava as operações, recebia pedidos pelo WhatsApp, distribuía as entregas e monitorava os lucros. Os demais integrantes atuavam como entregadores, “laranjas” (utilizando contas bancárias para lavagem de dinheiro), armazenadores e fracionadores, fornecedores e cobradores. Entenda o que cada um fazia:
- Entregadores: Responsáveis por levar as drogas aos clientes em diversas regiões de Tubarão, utilizando motocicletas.
- Laranjas: Emprestavam suas contas bancárias para receber o dinheiro das vendas, que era repassado ao líder da organização.
- Armazenamento e Fracionamento: Um dos integrantes era responsável por guardar as drogas, dividi-las em porções menores e prepará-las para a venda.
- Fornecedores: Um dos membros da organização era responsável por adquirir as drogas no Paraná e transportá-las para Tubarão.
- Cobrança: Um integrante específico era encarregado de cobrar os valores devidos pelos clientes.