Começou agora há pouco o julgamento dos ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Eles são réus pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorridas em 2018.
Lessa e Queiroz foram submetidos a júri popular e serão ouvidos por videochamada. Lessa está preso no interior de São Paulo, enquanto Queiroz está em Brasília.
O processo que levou à prisão de Lessa e Queiroz tem 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) explicou que os jurados estarão incomunicáveis ao longo todo o período do julgamento, no qual sete testemunhas deverão ser ouvidas.
A acusação contará com o depoimento da única sobrevivente do atentado, a jornalista e assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que acompanhava a vereadora e o motorista, além de familiares das vítimas e dois policiais civis.
Os réus respondem pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e dificuldade em garantir a defesa da vítima), além da tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado.
A expectativa da defesa dos acusados é por um julgamento rápido e com uma pena “justa”, devido ao acordo de delação premiada feito pelo MP-RJ com os dois réus.