A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encerrou a investigação sobre o abandono de uma criança de 3 anos de idade, em um ônibus, na rodoviária de Três Coroas, no dia 22 de outubro. O pai, que aparece nas imagens deixando o local, foi preso sendo o principal suspeito do crime.
Durante as investigações, a polícia tentou encontrar a mãe, pois, inicialmente, acreditava-se que ela tinha participação no abandono.
No entanto, o corpo da mulher, identificada como Caroline Luft, de 29 anos, foi encontrado, nesta terça-feira (29), em estado avançado de putrefação, dentro de um saco plástico embaixo da cama do casal, na residência da família, em Porto Alegre.
A polícia chegou até o local, depois que os vizinhos reclamaram do mau cheiro que exalava da casa trancada desde o dia que o pai saiu com a criança, há uma semana.
De acordo com a polícia, a morte de Carolina está sendo tratada como feminicídio e o principal suspeito é o companheiro. Até então, a investigação aponta que ele teria matado a esposa e depois fugido de ônibus até Três Coroas, onde abandonou o bebê.
O suspeito estava preso preventivamente desde o abandono do menor. A prisão foi revogada pela Justiça na última segunda-feira (28), um dia antes da localização do corpo da companheira. Agora, a polícia realiza novas buscas pelo homem.
Relembre o caso
Um menino de 3 anos de idade foi abandonado em um ônibus, em Três Coroas, no Rio Grande do Sul. O pai da criança, de 25 anos, foi preso como suspeito do crime e alegou à Polícia Civil que não tinha condições de criar o filho e o deixou no coletivo para se internar em uma clínica de reabilitação da cidade
Câmeras de monitoramento da região mostram o homem de bermuda e camiseta preta saindo da rodoviária a pé, sem a criança. Veja vídeo:
O ônibus fazia a linha Porto alegre/Gramado e, em uma das paradas, em Três Coroas, os passageiros perceberam que a criança estava sozinha e chamaram a polícia.
Quando os agentes chegaram, encontraram o bebê que usava uma sonda para alimentação. Ele estava sentado na poltrona sozinho, com os documentos e um laudo médico que apontava a Sindrome de Apert.