A Tohoku Electric Power retomou as operações nesta terça-feira (29) do reator No.2 de 825 megawatts (MW) em sua usina nuclear em Onagawa no norte do Japão, pela primeira vez desde o desastre nuclear de Fukushima em 2011, disse um porta-voz da empresa.
A usina opera reatores de água fervente (BWR), os mesmos de Fukushima, e foi a estação nuclear mais próxima do epicentro do terremoto de magnitude 9 em 2011. É o primeiro reator de energia nuclear do leste do Japão a reiniciar desde então.
A reinicialização há muito adiada eleva o número de reatores operacionais do Japão para 13, com uma capacidade combinada de 12.433 MW.
Enquanto a Chugoku Electric Power 9504.T se prepara para reiniciar o reator nº 2 de 820 MW em sua usina nuclear de Shimane, no oeste do Japão, no final deste ano, a demanda do país por gás natural liquefeito (GNL) deve cair no ano que vem.
O aumento da operação de usinas nucleares também deve ajudar o Japão a atender à crescente demanda de energia de usinas de semicondutores e data centers que dão suporte a aplicações em inteligência artificial (IA).
O governo espera que a produção de energia cresça para 1,35 trilhão a 1,5 trilhão de quilowatts-hora (kWh) até 2050, acima dos 1 trilhão de kWh projetados para a década atual, à medida que o Japão instala mais data centers, fábricas de chips e outros negócios que consomem energia.
Para a Tohoku Electric, a reinicialização de Onagawa exigiu um investimento total de 570 bilhões de ienes (US$ 3,72 bilhões) em medidas de segurança para atender a regras mais rígidas adotadas após o desastre de Fukushima.