O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, viajou para o Oriente Médio nesta segunda-feira (21). Os EUA estão pressionando a retomada de conversas para a negociação de um acordo cessar-fogo que encerre a guerra na Faixa de Gaza após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar.
A viagem de Blinken à região, sua 11ª desde o ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel, ocorre no momento em que o país do Oriente Médio intensifica sua campanha militar em Gaza e no Líbano contra o Hezbollah, grupo aliado ao Irã.
Blinken discutirá com os líderes regionais a importância de acabar com a guerra em Gaza, bem como um plano pós-conflito para o território palestino e maneiras para chegar a uma solução diplomática entre Israel e o Hezbollah, declarou o Departamento de Estado em um comunicado.
A viagem do diplomata começará com Israel, confirmou o Departamento de Estado, mas demais destinos não foram informados.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
Com informações da CNN e da Reuters
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