O gabinete de segurança de Israel não chegou a uma decisão sobre como responder ao ataque de mísseis do Irã após discussões sobre o assunto, disse uma autoridade à CNN nesta sexta-feira (11).
As lacunas entre as posições dos EUA e de Israel estavam diminuindo, acrescentou a autoridade.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a retaliação de Israel ao bombardeio de mísseis iranianos de 1º de outubro deve ser “proporcional”.
Enquanto isso, o Irã prometeu apoiar seus grupos aliados “conforme necessário” e dando suporte “fortemente a resistência”, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Abbas Araghchi, à Al Jazeera em uma entrevista exibida na quinta-feira (10).
“Visitei Beirute enquanto Israel atacava continuamente, e de lá anunciei ao Hezbollah e às autoridades libanesas que o Irã não abrirá mão de seu apoio à resistência”, disse ele, de acordo com a tradução da Al Jazeera, em resposta a uma pergunta sobre o Hezbollah e outros grupos.
O Irã apoia os dois principais grupos que lutam contra Israel: o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Israel assassinou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque a Beirute, dois meses após matar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.
Em resposta, o Irã disparou dezenas de mísseis contra cidades israelenses na semana passada.
Nas últimas semanas, autoridades iranianas viajaram entre países árabes vizinhos para consultas em antecipação a um ataque israelense. Araghchi se encontrou com autoridades do Catar em Doha na quinta-feira, um dia após se encontrar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em Riad.
Araghchi disse à Al Jazeera que os canais de comunicação com os Estados Unidos permanecem abertos por meio de terceiros.
(Com informações da Reuters)