O senador Marco Rubio deve ser indicado pelo presidente eleito Donald Trump ao cargo de secretário de Estado, segundo uma fonte relatou na segunda-feira (11). Rubio foi cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa do republicano neste ano — mas o escolhido foi JD Vance.
Rubio nasceu na Flórida e, se nomeado, será o primeiro latino a ocupar o cargo. Ele é filho de imigrantes cubanos e tem posições agressivas em relação à política externa dos EUA e seus adversários geopolíticos, como a China, Irã e também Cuba.
Passou mais de dez anos focado em defender a teoria da “ameaça da China”, mas o senador tem suavizado algumas opiniões para estreitar as relações com Trump – que defende que os EUA gastem menos com guerras. Desde que foi cotado para a chapa de Trump, deixou claro que quer participar do governo.
Marco Rubio, de 53 anos, tem experiência em política externa e faz parte do Comitê de Inteligência do Senado e do Comitê de Relações Exteriores.
Relação com Trump
Em 2016, o senador foi pré-candidato do Partido Republicano e disputou contra Trump nas primárias da legenda. Porém, após o empresário vencer as primárias na Flórida, ele desistiu da corrida.
No final da campanha do primeiro mandato de Trump, Rubio atacou o presidente eleito publicamente, dizendo que ele não iria “tornar a América grande. Ele vai tornar a América laranja”, zombando também do tamanho das mãos de Trump e chamando-o de “vigarista”, enquanto competia para assumir o Partido Republicano.
Depois do episódio, ele passou a estreitar laços dentro do partido e trabalhou no senado em políticas significativas para os EUA, como a legislação que bloquearia créditos fiscais para baterias de veículos elétricos produzidas com tecnologia chinesa e questionando o diretor do FBI — a agência de investigações federais dos EUA — sobre a influência de Pequim no TikTok.
O que ele pensa sobre guerra?
Rubio afirmou em entrevistas recentes que a Ucrânia precisa buscar um acordo negociado com a Rússia em vez de se concentrar em recuperar todo o território que o país de Vladimir Putin tomou na última década.
Ele também foi um dos 15 senadores republicanos a votar contra um pacote de ajuda militar de 95 bilhões de dólares para a Ucrânia, aprovado em abril.
Com informações da Reuters
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