O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta sexta-feira (11) uma sindicância nesta sexta-feira para investigar denúncias sobre a infecção de pacientes transplantados por HIV.
Segundo as investigações preliminares, a falha ocorreu em um laboratório contratado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro responsável por exames de detecção do vírus. Seis pessoas foram infectadas após transplantes de órgãos.
A CNN apurou que dois doadores teriam feito exame de sangue em um laboratório privado na Baixada Fluminense e os resultados apresentaram falso negativo.
O presidente do Cremerj, Walter Palis, afirmou que a situação é “gravíssima” e que a segurança dos pacientes é “fundamental para garantir o bom exercício da medicina no estado”. “Supostas falhas desse tipo são inaceitáveis”, acrescentou.
O Cremerj destacou que o procedimento seguirá em sigilo, conforme o Código de Processo Ético-Profissional. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também abriu um inquérito para investigar o caso.
Além disso, a secretaria criou uma comissão multidisciplinar para oferecer suporte aos pacientes afetados. Segundo apurou a CNN, os infectados já estão cientes e os órgãos de outros 288 doadores estão passando por nova testagem no estado.
O que diz o laboratório
Por meio de nota, o laboratório PCS Lab afirmou que abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades no caso e afirmou se tratar de um “episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.
A empresa diz ter passado à à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à Fundação de Saúde do Governo do Estado. “Nesses procedimentos foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, acrescenta.
Por fim, o laboratório diz que “dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e seus familiares; e reitera que está à disposição das autoridades policiais, sanitárias e de classe que investigam o caso”.
* Sob supervisão