O Ministério Público de Pernambuco ofereceu nesta sexta-feira (11) uma denúncia criminal contra o policial militar Gercino Bahia da Silva Júnior, acusado de assassinar seu ex-sogro Lázaro Maciel Soares da Silva. O crime aconteceu no dia 7 de setembro de 2024, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco.
De acordo com a denúncia, o crime foi motivado por um desentendimento referente ao relacionamento de Gercino com uma das filhas da vítima. Lázaro era contra o namoro dos dois, segundo o Ministério Público.
As investigações revelam que, no dia do crime, Gercino foi até a casa de Lázaro para buscar a ex-namorada, provocando um conflito com a vítima e seus familiares, que pediram que ele saísse. Irritado, o acusado disparou tiros para o alto, mas foi contido por sua ex-companheira e por um primo dela.
Após a discussão, Lázaro e seus familiares foram à delegacia registrar o ocorrido, mas foram perseguidos pelo policial, que atirou contra o carro em que estavam.
Quando a vítima estacionou em uma rua movimentada, Gercino desceu de um veículo e disparou seis vezes contra Lázaro. O ex-sogro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O documento aponta que o acusado teria usado uma arma de fogo de uso restrito na ação, uma pistola 9 mm.
Após o assassinato, o policial militar ameaçou outra pessoa, forçando-a a ajudá-lo a fugir do local na moto dessa segunda vítima.
O Ministério Público ressaltou na denúncia que o crime foi praticado de maneira que impossibilitou a defesa de Lázaro e foi executado para garantir a impunidade de um crime anterior, o que agrava o caso.
Três dias depois do crime, Gercino se entregou à polícia e foi preso. Além de responder por homicídio qualificado, o policial também foi denunciado por constrangimento ilegal. O caso segue em investigação e ele permanece detido.
A CNN entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para obter um posicionamento sobre o caso, mas ainda não houve retorno. A reportagem também tenta localizar a defesa de Gercino.