Um ataque israelense a um centro do Exército libanês em Kafra, sul do Líbano, matou dois soldados e feriu três, de acordo com os militares.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou Israel pelo ataque, criticando também a comunidade internacional pelo que ele classificou como silêncio sobre “os crimes de Israel”.
“Este crime israelense persistente contra o Líbano não poupou hoje os bravos soldados que estão cumprindo seu dever nacional de proteger a terra e defender o povo, e é responsabilidade da comunidade internacional que está em silêncio sobre os crimes de Israel, enquanto o que é necessário é uma posição global de consciência para pôr fim a esta agressão”, disse Mikati no X.
Enquanto Israel está em guerra com o Hezbollah, o grupo paramilitar apoiado pelo Irã que opera no sul do Líbano, seus ataques mataram pelo menos três soldados libaneses e feriram outros cinco, de acordo com o governo.
A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel (FDI) e aguarda retorno.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.