O Cadastro de Pessoa Física (CPF) é um documento oficial, emitido pela Receita Federal, e conta com 11 dígitos. A numeração é usada para identificar contribuintes do imposto de renda. Os números são escolhidos entre fatores aleatórios, região de registro e código de verificação
O Cadastro de Pessoa Física (CPF) se tornou o único número de identificação que aparecerá em documentos no Brasil a partir deste ano. A mudança acontece graças à Lei 14.534/23 sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, e que entrou em vigor.
De acordo com o governo federal é um banco de dados gerenciado pela Receita Federal, que armazena informações cadastrais de contribuintes obrigados à inscrição, ou de cidadãos que se inscreveram voluntariamente. A partir dos 12 anos, todas as pessoas precisam ser inseridas no Imposto de Renda dos pais. Ou seja, precisam emitir o documento.
A lógica por trás dos números
A identificação do CPF é feita através de 11 digitos. Os oito primeiros correspondem a inscrição individual, e são escolhidos aleatoriamente. Essa sequência é única para cada cidadão. Os dois últimos dígitos são gerados através de um algoritmo e são utilizados para verificar os demais dígitos do documento.
O antepenúltimo número (nono) se refere à região discal em que o documento foi emitido. O penúltimo número (décimo) serve como instrumento de verificação da veracidade dos nove primeiros dígitos. O último número (décimo primeiro) do CPF é o verificador dos 9 números anteriores a ele.
Exemplo:
O nono dígito do CPF ajuda a indicar geograficamente o local de emissão, pois cada dígito corresponde a um ou mais estados. Sendo a sequência:
- 1: Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT) e Tocantins (TO);
- 2: Acre (AC), Amazonas (AM), Amapá (AP), Pará (PA), Rondônia (RO) e Roraima (RR);
- 3: Ceará (CE), Maranhão (MA) e Piauí (PI);
- 4: Alagoas (AL), Paraíba (PB), Pernambuco (PE) e Rio Grande do Norte (RN);
- 5: Bahia (BA) e Sergipe (SE);
- 6: Minas Gerais (MG);
- 7: Espírito Santo (ES) e Rio de Janeiro (RJ);
- 8: São Paulo (SP);
- 9: Paraná (PR) e Santa Catarina (SC);
- 0: Rio Grande do Sul (RS).
Entenda a composição dos 11 dígitos do CPF, a partir da seguinte fórmula:
d1d2d3.d4d5d6.d7d8d9-d10d11
Os dois últimos dígitos são gerados através de um algoritmo e são utilizados para verificar os demais dígitos do CPF.
d10: é o dígito verificador dos nove primeiros
d11: é o dígito verificador dos noves anteriores a ele
A partir disso o cálculo do d10 é feito por L = 10xd1+9xd2+8xd3+7xd4+6xd5+5xd6+4xd7+3xd8+2xd9.
Divida (L) por 11, armazene o quociente e o resto. O quociente é o resultado da divisão, ou seja, a quantidade que cada parte recebe. E o resto é o valor que sobra após a divisão não ser exata.
Se o resto for igual a 0 ou 1, o d10 será 0. Se for diferente de 0 ou 1, então faça: 11 – o resto. O resultado será o d10.
O cálculo do d11 deve ser feito por M = 10xd2+9xd3+8xd4+7xd5+6xd6+5xd7+4xd8+3xd9+2xd10.
Para encontrar o resultado, divida (M) por 11, armazene o quociente e o resto. Sendo assim: 11 – o resto. O resultado será o d11.
Os dígitos d10 e d11 servem para verificar se o número do CPF é válido sem que precisemos acessar a Receita Federal. Mas se você quiser verificar se o CPF existe na Receita Federal e está em situação regular, você deve acessar o site oficial da Receita Federal.