Um líder religioso foi condenado pela Justiça de São Paulo por diversos crimes sexuais, na segunda-feira (9). A sentença foi proferida pela 1ª Vara Criminal de Hortolândia. Os crimes ocorreram em um terreiro de umbanda em Hortolândia, nas casas das vítimas e durante viagens em um veículo.
O acusado, conhecido como “Pai Du”, aproveitou-se de sua posição de autoridade religiosa para cometer os crimes contra 13 seguidoras. O líder religioso usou sua influência e o medo reverencial que as vítimas sentiam para praticar atos de violência sexual, assédio e importunação.
Abuso de poder e confiança
O líder religioso foi condenado por uma série de crimes sexuais, incluindo estupro, violação sexual mediante fraude, importunação e assédio sexual, além de injúria. As vítimas, todas frequentadoras de um terreiro de umbanda, sofreram abusos por um longo período.
A pena para o crime de assédio sexual foi fixada em 2 anos, 4 meses e 10 dias de detenção, em regime semiaberto. Já pelos demais crimes, a condenação foi de 16 anos, 3 meses e 17 dias de reclusão, em regime fechado.
Modus operandi do criminoso
De acordo com a denúncia, o acusado utilizava sua posição de pai de santo para coagir e manipular as vítimas. Os crimes ocorriam em locais isolados, como a “sala de búzios” do terreiro, e também por meio de mensagens e chamadas telefônicas.
O juiz Andre Forato Anhe destacou a solidez das provas apresentadas, como depoimentos das vítimas, documentos e áudios.
“O acusado, de modo sistemático, valeu-se do poder de influência e temor reverencial inerente ao cargo de pai de santo para ofender a dignidade, constranger, assediar, importunar e violentar sexualmente as vítimas”, afirmou o magistrado.
A defesa do condenado ainda pode recorrer da decisão.