A região Sul do Rio Grande do Sul deve ser atingida entre hoje (3) e amanhã (4) pela fumaça das queimadas na Amazônia, de acordo com previsão da MetSul Meteorologia. Segundo as informações, um corredor de fuligem está se movimentando para a área.
O Sistema Copernicus, programa de observação da terra da União Europeia, projeta que o denso corredor de fumaça, causado pelo grande número de queimadas registrados nas últimas semanas na Amazônia e em outras região do país, se move para o Sul, avança para o Oceano Atlântico e por efeito de centros de baixa e alta pressão se move de novo, desta vez para o Norte, levando a fumaça para o Sudeste do Brasil, atingindo o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
De acordo com a MetSul, a origem da fumaça está principalmente no sul do estado do Amazonas, no chamado arco do desmatamento, assim como em Rondônia e na Bolívia, onde o número de queimadas tem batido recordes neste mês de agosto.
Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os satélites identificaram 3.432 focos de calor entre 21h de domingo (1) e 21h desta segunda-feira (2) na Amazônia. Trata-se do pior dia de queimadas na Amazônia neste ano, superando os 3.224 focos de calor no bioma registrados no dia 30 de agosto.
Já em todo o país, foram registrados 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024. O número mostra que houve um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023, quando o Brasil registrou 28.056 focos de incêndio.
Diferentemente da região amazônica, onde a fumaça atua mais perto da superfície e traz piora da qualidade do ar, no Sul essa fumaça fica suspensa na atmosfera. Por isso, a MetSul alerta que os efeitos devem ser percebidos pelo tom mais acinzentado do céu e pelas cores realçadas do sol ao amanhecer e no fim da tarde.