Depois de protocolado pela oposição, o requerimento de urgência do PL da anistia será discutido em reunião de líderes da Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta, já avisou: “em uma democracia, ninguém tem o direito de decidir nada sozinho”. É preciso discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar e pensar com responsabilidade no que cada uma delas significa para as instituições e para a população.
A próxima reunião de líderes ainda não foi marcada. A desta semana foi cancelada por causa do feriado da Semana Santa. Há duas semanas, a oposição anunciou a mudança de estratégia e a coleta de assinaturas individuais de apoio ao requerimento. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, disse que a urgência não é uma pauta da oposição, mas da maioria dos deputados.
O líder do PT na Casa, Lindbergh Farias, foi claro: o projeto da Anistia é uma aberração contra a democracia. E acrescentou: Hugo Motta tem pautado urgência apenas projetos de consenso entre os líderes. Agora, segundo ele, não será diferente.
O requerimento de urgência da proposta que anistia os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 recebeu 262 assinaturas favoráveis. Entre elas, 90 do PL, 40 do União Brasil, 35 do PP, 28 do Republicanos, 23 do PSD e 20 do MDB.
O requerimento agora depende justamente do presidente da Casa colocá-lo em votação no Plenário. Atualmente, 2.245 projetos tramitam em regime de urgência na Casa.
