O presidente Lula deu posse, na tarde desta segunda-feira (10), aos novos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. A cerimônia ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto com a presença da equipe ministerial, dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, além de outras autoridades.
Primeira a falar, Nísia Trindade, que deixa o comando do Ministério da Saúde, destacou o intenso trabalho realizado para a reconstrução das políticas públicas desmontadas pelo governo anterior.
“Durante nosso trabalho de reconstrução, encontramos mais de 4,5 mil unidades básicas de saúde instaladas que aguardavam credenciamento havia 4 anos, mais de 4 mil obras paralisadas, inúmeros leitos de UTI não cadastrados, a rede de atenção psicossocial também desmontada, o Farmácia Popular com risco de paralisação e a crise por desassistência do povo Yanomami”, afirmou.
Já Alexandre Padilha, que deixa a secretaria responsável pela articulação política do governo, agradeceu o trabalho dos parlamentares em defesa da democracia.
“Juntos conseguimos impedir o golpe de 8 de janeiro. Um plano sórdido que envolvia até mesmo o assassinato do presidente e do vice-presidente escolhidos pelo povo brasileiro. Se aqueles criminosos tivessem sido bem-sucedidos, hoje o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin não estariam aqui com vida”, disse.
Como ministro da Saúde, Padilha afirmou que tem a missão de ampliar o acesso e reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Essa será a nossa tônica com os estados, os municípios e os parlamentares que buscam ampliar de forma legítima os recursos e melhorar a assistência em seus territórios”, destacou
A deputada federal Gleisi Hoffmann, nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, falou da importância do protagonismo das mulheres na vida política brasileira, “como estímulo pela luta contra a desigualdade, o preconceito e o machismo”. Gleisi disse ainda que vai dialogar com as forças políticas do Congresso e colaborar com o trabalho de todos os ministros.
Entre as pautas prioritárias que tramitam no Congresso, a votação do orçamento de 2025 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foram apontadas por Gleisi Hoffmann.
“Nosso trabalho conjunto deve se refletir na consolidação de uma base de apoio estável, já a partir da votação de orçamento de 2025, para avançarmos na agenda legislativa, essencial e urgente esse ano para o povo brasileiro brasileiro”, disse.
O senador Humberto Costa foi escolhido para assumir de forma interina a presidência do Partido dos Trabalhadores com a saída de Hoffmann, que ocupou do cargo nos últimos cinco anos.
Alexandre Padilha é médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp). Também atua como professor universitário. Deputado federal licenciado, reeleito pelo PT de São Paulo, foi ministro nos governos Lula, entre 2009 e 2010, e Dilma Rousseff , de 2011 a 2014, tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente.
Gleisi Hoffmann é bacharel em Direito pelo Centro Universitário Curitiba e possui MBA em gestão de organizações públicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Atuou como secretária pelo estado do Mato Grosso do Sul e da Prefeitura Municipal de Londrina, no Paraná. Foi diretora financeira da Itaipu Binacional, senadora pelo PT entre 2011 e 2018, ministra da Casa Civil da Presidência da República, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores.
