O governo brasileiro reagiu imediatamente após a chegada de um voo em Manaus com brasileiros deportados dos Estados Unidos usando algemas. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ordenou que a Polícia Federal retirasse as algemas dos deportados ainda no aeroporto. Segundo o Ministério da Justiça, o caso foi relatado ao presidente Lula, que considerou o episódio um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.
Lewandowski havia determinado que brasileiros deportados pelos Estados Unidos não seriam transportados com correntes ou algemas.
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Ao todo, 79 passageiros estavam a bordo, incluindo 11 mulheres, 62 homens e seis crianças. A Polícia Federal informou que os brasileiros foram acolhidos na área restrita do aeroporto, onde receberam comida, bebida, colchões e acesso a banheiros. “A Polícia Federal proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas”, destacou a corporação.
O presidente Lula determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar o grupo até seus destinos finais. A medida, segundo o Ministério da Justiça, teve como objetivo garantir que o retorno ao Brasil ocorresse com dignidade e segurança.
A deportação segue um acordo firmado com os Estados Unidos em 2017, durante o governo Michel Temer, que permite o repatriamento de imigrantes ilegais sem mais recursos judiciais nos EUA. O Itamaraty esclareceu que a operação não está relacionada a novas medidas migratórias do governo Trump, mas sim ao objetivo de evitar que essas pessoas permaneçam presas nos Estados Unidos.
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