O grupo Houthi do Iêmen disse na terça-feira (31) que atacou o Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, e uma usina de energia ao sul de Jerusalém usando um míssil balístico hipersônico e um míssil balístico Zulfiqar, respectivamente.
O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, afirmou em uma declaração televisionada que os mísseis atingiram seu alvo com sucesso.
“A força de mísseis das Forças Armadas do Iêmen realizou duas operações militares específicas, a primeira das quais teve como alvo o Aeroporto Ben Gurion pertencente ao inimigo israelense na área de Yaffa na Palestina ocupada”, disse ele.
Ainda segundo o porta-voz, a segunda operação teve como alvo a estação de energia ao sul de Jerusalém.
O exército israelense anunciou que havia interceptado um míssil disparado do Iêmen, o que fez com que sirenes soassem em todo o país.
Depois do anúncio dos militares israelenses, Mohamed Ali al-Houthi, chefe do comitê revolucionário supremo dos Houthis, disse que o grupo não encerraria os ataques a Israel.
Na segunda-feira (30), o embaixador de Israel nas Nações Unidas emitiu o que ele chamou de um aviso final aos militantes Houthis do Iêmen apoiados pelo Irã para interromperem os ataques com mísseis contra Israe. Danny Danon disse que eles arriscariam o mesmo “destino miserável” do Hamas, Hezbollah e Bashar al-Assad da Síria se persistissem.
Entenda os conflitos envolvendo Israel
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.