O serviço inteligência militar ucraniano disse nesta terça-feira (31) que com um de seus drones navais destruiu um helicóptero russo e danificou outro no Mar Negro.
Em uma batalha perto do Cabo Tarkhankut, na costa oeste da Crimeia, nesta terça-feira, um drone marítimo Magura V5 equipado com mísseis atingiu um helicóptero russo Mi-8, afirmou a agência de espionagem ucraniana GUR por meio do Telegram.
A GUR revelou que foi a primeira vez que um drone naval ucraniano derrubou um alvo aéreo. A Reuters não conseguiu verificar o relatório de forma independente.
O governo russo ainda não se pronunciou. Porém, Mikhail Razvozhaev, governador nomeado de Sevastopol, na Crimeia, declarou no Telegram que duas embarcações não tripuladas de drones foram destruídas perto da costa durante a noite.
Após a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022, a Ucrânia aumentou a produção de drones e desenvolveu dispositivos de ataque naval.
A queda do helicóptero russo pelo drone naval ucraniano também foi relatada pelo proeminente blogueiro militar russo, Voenny Osvedomitel.
A agência de espionagem confirmou que um segundo helicóptero russo conseguiu chegar ao campo de pouso após ter sido danificado no ataque.
Em uma filmagem granulada divulgada pelo grupo, um helicóptero voando sobre a água pode ser visto como alvo de vários projéteis. A aeronave é gravada caindo após o ataque. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente o vídeo.
As forças armadas de Kiev tem usado drones marítimos para atacar navios de guerra e instalações russas na península da Crimeia, região tomada e anexada por Moscou em 2014.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.