O grupo radical Hamas declarou nesta quarta-feira (25) que Israel estabeleceu novas condições para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, atrasando a conclusão das negociações entre as partes.
Durante o CNN 360° desta quarta-feira (25), a analista de internacional Fernanda Magnotta explicou os principais obstáculos para se chegar a um acordo.
Segundo Magnotta, a confiança é um elemento crucial nas negociações complexas como esta. “Construir confiança, desfrutar da credibilidade que leva confiança é um dos pontos estruturais mais sensíveis nesse caso em particular”, afirmou a especialista.
Pontos de divergência no curto prazo
Magnotta elencou cinco pontos principais que têm tornado as negociações difíceis no curto prazo:
- O próprio conceito de cessar-fogo sendo debatido;
- A demanda para a retirada de tropas israelenses;
- Informações sobre a condição dos reféns;
- O debate sobre a libertação de prisioneiros palestinos;
- O controle da região conhecida como “Corredor Filadélfia”, na fronteira com o Egito.
A analista ressaltou que esses elementos, somados às questões estruturais mencionadas anteriormente, compõem o cenário complexo das negociações entre Hamas e Israel.
A falta de confiança mútua e as divergências em pontos cruciais continuam a dificultar um acordo de cessar-fogo duradouro na região.
Desafios estruturais nas negociações
A analista destacou dois elementos que dificultam as negociações: o debate sobre a governança pós-guerra em Gaza e as demandas do Hamas.
“Israel tem muita dificuldade em aceitar a ideia de que o Hamas volte a ser o representante desse povo nessa parte do país em particular”, explicou Magnotta.
Por outro lado, o Hamas exige não apenas o direito de existir, mas também garantias de que o cessar-fogo se transforme em um fim permanente do conflito, o que, segundo a especialista, é muito mais complicado de se alcançar.
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