O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, escapou de um bombardeio aéreo contra o aeroporto de Sanaa, no Iêmen, nesta quinta-feira (26).
O Exército de Israel afirmou que atingiu vários alvos ligados ao movimento dos Houthis, alinhado ao Irã, no Iêmen nesta quinta, incluindo o Aeroporto Internacional de Sanaa e três portos ao longo da costa oeste.
Our mission to negotiate the release of @UN staff detainees and to assess the health and humanitarian situation in #Yemen concluded today. We continue to call for the detainees’ immediate release.
As we were about to board our flight from Sana’a, about two hours ago, the airport… pic.twitter.com/riZayWHkvf
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) December 26, 2024
Em uma publicação na plataforma de rede social X, o diretor-geral da OMS disse que o ataque aéreo ocorreu quando ele estava prestes a embarcar em um voo.
“A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque — a poucos metros de onde estávamos — e a pista foram danificadas”, Tedros Adhanom comunicou. “Vamos precisar esperar que os danos ao aeroporto sejam reparados antes de partir”. Ele e a delegação passam bem.
Duas pessoas foram mortas nos ataques ao aeroporto internacional de Sanaa e outra pessoa foi morta no porto de Ras Issa, segundo informações da Houthi al Masirah TV desta quinta (26). Outras onze pessoas ficaram feridas devido aos ataques israelenses, acrescentou.
Entenda os conflitos envolvendo Israel
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
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