Cristãos deslocados em Gaza viveram uma véspera de Natal sombria na terça-feira (24), dentro do complexo latino da Igreja da Sagrada Família, onde buscaram refúgio em meio ao conflito em andamento.
A igreja, que é a única igreja católica em Gaza, serve como um lar temporário para muitos, com seu pátio cheio de pertences e tendas improvisadas.
Pelo segundo ano consecutivo, cristãos como Najlaa e Maher Tarzy são forçados a celebrar o nascimento de Jesus em meio à devastação da guerra. “Não estamos felizes. Há muitos mártires, e cada família perdeu alguém”, disse Najlaa.
Seu parente, Maher, compartilhou sua experiência de fugir de sua casa no prédio Dabeet, na Cidade de Gaza, depois que foi completamente destruído em um ataque israelense.
“Este é o segundo Natal que estamos vivendo enquanto deslocados na igreja. Estamos aqui há quase um ano e dois meses”, disse Maher.
A comunidade cristã é muito pequena em Gaza, que desde 2006 é controlada pelo grupo islâmico Hamas. A população de Gaza é estimada em 2,3 milhões de pessoas, das quais cerca de mil são cristãos, sendo a maioria ortodoxos gregos.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 251 foram sequestradas para Gaza, de acordo com os números israelenses.
A campanha de Israel contra o Hamas já matou mais de 45.200 palestinos, segundo autoridades de saúde no enclave controlado pelo Hamas. A maior parte da população foi deslocada, e grande parte de Gaza está em ruínas.