A União Europeia informou nesta sexta-feira (13) que abrirá enviará aviões financiados para a Síria, a fim de fornecer assistência médica de emergência e outros suprimentos essenciais.
“O colapso do regime de Assad oferece uma nova esperança para o povo sírio. Mas esse momento de mudança também traz riscos e dificuldades”, declarou a presidente da união, Ursula von der Leyen.
A UE afirmou que financiou voos para levar um total de 50 toneladas de suprimentos de saúde de seus estoques em Dubai. De lá o carregamento irá para Adana, na Turquia, e depois será distribuído na Síria, nos próximos dias.
Além disso, 46 toneladas de suprimentos de apoio à saúde, educação e abrigo, serão transportadas de caminhão da Dinamarca para Adana.
Entenda o conflito na Síria
O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.
O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.