O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez uma visita não anunciada ao Iraque na sexta-feira (13) para se encontrar com o primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani. Ao mesmo tempo, a comunidade internacional lida com as implicações do colapso do governo sírio.
Blinken se encontrou com Sudani por mais de uma hora em Bagdá — a mais recente de uma série de reuniões na Turquia e na Jordânia em meio a um esforço urgente para coordenar uma abordagem à Síria após a queda repentina do regime de Bashar al-Assad para as forças rebeldes no último fim de semana.
À medida que os Estados Unidos trabalham com seus principais parceiros regionais, como o Iraque, há um foco particular em garantir que “qualquer governo interino também garanta que a Síria não seja usada como base para terrorismo, extremismo e represente uma ameaça a seus vizinhos ou se torne aliada de grupos como o Estado Islâmico”, disse Blinken na quinta-feira (12). Ele afirmou que o grupo terrorista “sem dúvida tentará se reagrupar”.
O encontro de Blinken com o primeiro-ministro iraquiano aconteceu dias após o principal comandante militar dos Estados Unidos para o Oriente Médio ter visitado “para uma avaliação da missão contra o Estado Islâmico dentro do Iraque e da Síria”. Dois altos funcionários do Departamento de Estado também estavam em Bagdá antes da visita de Blinken.
Os Estados Unidos também estão observando de perto as milícias apoiadas pelo Irã no Iraque, que já atacaram pessoal e interesses de Washington no passado. O Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, observou no sábado (7) que eles “poderiam tentar tirar vantagem” da instabilidade na Síria.
Blinken, durante uma visita em novembro passado após o ataque do Hamas em 7 de outubro, pediu ao governo iraquiano que trabalhasse para conter esses ataques.
Em Bagdá, Blinken pretendia “sublinhar o compromisso dos Estados Unidos com a parceria estratégica com o Iraque e com a segurança, estabilidade e soberania do Iraque”, de acordo com uma declaração atualizada do Departamento de Estado sobre sua viagem. “Ele também discutirá oportunidades e desafios de segurança regional, bem como o apoio duradouro de Washington para o engajamento com todas as comunidades na Síria para estabelecer uma transição inclusiva.”