São Paulo alcançou a marca de 2,1 milhões casos confirmados de dengue de janeiro até o último dia 21 de dezembro deste ano. Os dados representam o alcance de um novo recorde, atingido pela última vez em 2015, quando o estado apresentou 709.385 casos confirmados da doença.
Em última atualização, mais de duas mil pessoas morreram devido à doença no estado, e 428 óbitos continuam sob investigação.
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade no estado é de 0,09% em casos prováveis e 7,4% em casos graves.
Em todo o Brasil, em 2024, foram registrados 6.630.766 casos prováveis de dengue, com 5.961 óbitos confirmados e 999 em investigação.
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), afirmou que monitora os cenários de epidemias no estado e atua desde o final do ano passado para reduzir os impactos dos casos de dengue em São Paulo.
Medidas contra doença
A pasta afirma que, em 2024, capacitou os agentes de saúde por meio de cursos e treinamentos.
Em fevereiro deste ano, o Governo do estado lançou um Plano de Ações de Combate a Dengue e antecipou o pagamento de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista aos municípios, para adiantar as medidas de combate.
“Desde o início do ano, [a pasta] preparou a rede de saúde para atendimento dos casos da doença, ampliando leitos e buscando reduzir os casos graves e mortes por dengue. Também realizou campanha de comunicação, orientando a população quanto as formas de prevenção e medidas de saúde aos que foram atingidos pela doença. Em março, o Governo de SP declarou emergência em saúde pública devido à epidemia, permitindo a adoção de medidas mais ágeis e eficazes no enfrentamento da doença”, disse a secretaria, em nota.
Projeções para 2025
Para 2025, a secretaria aponta que será realizada uma capacitação dos municípios para implementar novas tecnologias para vigilância e controle do vetor da doença, além de um apoio técnico e operacional para organização das atividades pelas equipes municipais e um monitoramento do estoque de inseticidas adequado para repasse aos municípios.
“A SES atua na elaboração de diversos documentos norteadores, como a atualização do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas no estado de São Paulo com as recomendações para 2025; atualização das Diretrizes das Arboviroses do estado de São Paulo para 2025/2026; atualização da capacitação de Manejo Clínico das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo para 2025/2026”, concluiu a secretaria.
Confira a série histórica da doença desde 2007
Os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo apresentou uma série histórica que traz dados de casos e óbitos confirmados da doença desde 2007. Veja:
- De janeiro até 21 de dezembro deste ano: 2.112.177 casos e 2.005 óbitos;
- 2023: 326.872 casos e 295 óbitos;
- 2022: 332.876 casos e 293 óbitos;
- 2021: 148.856 casos e 74 óbitos;
- 2020: 194.829 casos e 144 óbitos;
- 2019: 414.692 casos e 284 óbitos;
- 2018: 16.270 casos e 15 óbitos;
- 2017: 6.467 casos e seis óbitos;
- 2016: 164.272 casos e 107 óbitos;
- 2015: 709.385 casos e 513 óbitos;
- 2014: 208.217 casos e 103 óbitos;
- 2013: 209.425 casos e 81 óbitos;
- 2012: 26.207 casos e 18 óbitos;
- 2011: 99.918 casos e 56 óbitos;
- 2010: 195.342 casos e 149 óbitos;
- 2009: 10.025 casos e 149 óbitos;
- 2008: 8.805 caso e três óbitos;
- 2007: 107.462 casos e 34 óbitos.
*Sob supervisão