A Polícia Federal (PF) acionou a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) em busca de informações sobre o desaparecimento de André Alves do Nascimento, um paraibano de 35 anos, que fazia uma viagem estilo mochilão pela Europa.
De acordo com a PF, André desapareceu no dia 6 de novembro, após fazer o último contato com a família enquanto estava em Paris, na França.
Desde então, não há notícias sobre seu paradeiro. À CNN, a PF da Paraíba informou que foi acionada para o caso na terça-feira (10) e que notificou oficialmente a Interpol na quarta-feira (11).
De acordo com o delegado regional da Polícia Federal na Paraíba, Guilherme Torres, todas as providências foram tomadas e a notificação sobre o desaparecimento foi enviada à Interpol.
“A Interpol, como uma organização internacional, está buscando, junto ao país onde a pessoa foi a última vez localizada, informações dela em sistemas abertos, como, por exemplo, sistema de hospital, de hospedagem”, explica o delegado.
Segundo Torres, caso André não seja localizado, a PF deve optar pela difusão amarela, que notificará os países membros da Interpol sobre o caso.
O delegado ainda explicou que, no Brasil, a Polícia Federal é a responsável por registrar e intermediar casos de desaparecimento internacional, funcionando como a representante da Interpol no país.
Natural de Campina Grande, na Paraíba, André Alves morava há 15 anos em Joinville, Santa Catarina.
A viagem pela Europa de André começou no dia 4 de novembro, quando ele chegou a Paris.
Nas primeiras horas de sua estadia, enviou uma mensagem à mãe, Maria de Lourdes, informando que havia chegado à capital francesa.
Nos dias seguintes, manteve contato com a família e, no dia 6, informou que ainda estava em Paris, mas planejava seguir para Amsterdã, na Holanda. Esse foi o último contato feito por André.
A irmã de André, Andreia Alves do Nascimento, relatou que, no dia 8 de novembro, um amigo de André também relatou dificuldades em entrar em contato com ele.
A partir daí, a família iniciou uma busca mais intensa por informações. Inicialmente, foi registrado um boletim de ocorrência na Polícia Civil da Paraíba, e depois a família procurou o Itamaraty, que fez buscas em hospitais, delegacias e IML. Porém, as tentativas não resultaram em qualquer pista.
Por fim, a Polícia Federal e a Interpol foram acionadas.
O retorno de André ao Brasil estava previsto para 18 de novembro, mas, até o momento, 24 dias após a data esperada, não há registros que confirmem seu retorno ou forneçam informações sobre seu paradeiro.
O Ministério das Relações Exteriores infirmou que tem conhecimento do caso e que mantém contato com as autoridades locais. O Itamaraty também disse que presta assistência aos familiares de André.