O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma publicação para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desejando boa recuperação nesta terça-feira (10). O chefe de Estado brasileiro passou por uma cirurgia na cabeça para drenagem de hematoma.
Maduro postou uma foto de Lula e destacou que acompanha “de perto” a situação do petista, transmitindo solidariedade e votos de rápida recuperação “para que possa retornar em breve às suas plenas atividades à frente da irmã República Federativa do Brasil”.
“Nosso abraço, irmão Lula! Estamos com você!”, concluiu o chavista.
Lula deu entrada em um hospital em Brasília nesta terça para um exame de imagem após sentir dores de cabeça. A ressonância então indicou uma hemorragia intracraniana devido à queda que ele sofreu em 19 de outubro.
O presidente foi transferido para a unidade de São Paulo, onde foi submetido a uma craniotomia para drenagem de hematoma.
O petista está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para monitoramento.
Desavenças entre Lula e Maduro
A relação entre Brasil e Venezuela — e, consequentemente, entre Maduro e Lula — ficou estremecida neste ano após a eleição presidencial venezuelana.
O governo brasileiro não reconheceu formalmente a vitória do chavista, conforme anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país vizinho, pedindo a divulgação das atas eleitorais detalhadas.
Lula chegou a sugerir que o governo venezuelano realizasse novas eleições ou então fizesse um “governo de coalizão”.
O assunto gerou revolta na Venezuela, e Maduro exigiu ao mundo “respeito à soberania” do país no final de agosto.
Pouco tempo depois, em 6 de setembro, o petista disse em uma entrevista que o líder chavista tem um comportamento que “deixa a desejar”.
Em outro episódio tenso da relação entre as nações, a polícia venezuelana ameaçou o Brasil com uma postagem com uma imagem borrada de Lula, dizendo: “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”.
Ainda assim, em 12 de novembro, Maduro elogiou o chefe de Estado Brasileiro após ele dizer que não questionará a Justiça da Venezuela — que ratificou a suposta vitória dele nas eleições presidenciais de 28 de julho.