O UBS, instituição financeira suíça que está entre as maiores do mundo, reuniu clientes e investidores no último dia 11 de novembro, em São Paulo, no Investment Managers Forum 2024 (IMF).
O evento, realizado pela divisão de Global Wealth Management, reuniu investidores para debaterem os possíveis cenários e desafios para os mercados de investimento não só no Brasil, mas também no mundo. O IMF contou com a presença de grandes nomes da economia brasileira, como o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“Nós acabamos de ter eleições dos Estados Unidos; o mundo está vivendo um cenário de juros mais altos e vendo um dólar mais forte. No Brasil, a gente tem toda essa discussão fiscal e a questão dos juros. Então, o IMF deste ano tem o intuito de trazer gestores que possam compartilhar suas visões sobre o cenário econômico e político, trazer as suas visões de mundo, um olhar para as tendências, ver em que ciclo econômico estamos e preparar melhor os nossos clientes para um cenário de composição de portfólios onde o foco principal é a resiliência”, disse Marcello Chilov, Head de Global Wealth Management para a América Latina no UBS.
O executivo destacou, ainda, que o UBS sempre busca entregar o diferencial. “Esse é o intuito do UBS [com o IMF], estar junto com os nossos clientes e trazer oportunidades de investimento que fujam do setup do cenário mais tradicional”, complementou Chilov.
Os painéis discutiram temas importantes para o ecossistema investidor, como “Transição para uma economia verde: oportunidades de infraestrutura no Brasil”; “Equities Markets: navegando na volatilidade do Brasil”, “Private Real State & Credit” e “Investimento Macro: construindo o portfólio de hoje”, e contaram com a participação de nomes relevantes, como Leonardo Yamamoto, Diretor Executivo do Mubadala Capital; Gustavo Montezano, CEO da YvY Capital; Ralph Rosenberg, Sócio Fundador e CIO da Perfin; Leonardo Linhares, Membro do Conselho de Administração e Head de Ações da SPX Capital; Christian Faricelli, Sócio e Gestor de Ações do Absolute Pace; Andre Suguita, Managing Partner da Jugis Capital; Thiago Costa, Sócio da Central Capital; Felipe Guerra, Gestor e CIO na Legacy Capital; e Bruno Coutinho, CEO e Gestor na MAR Asset Management.
O contexto econômico e político
Ao longo dos painéis os participantes destacaram o cenário desafiador enfrentado atualmente. No ambiente doméstico, segue a expectativa pelo pacote de corte de gastos, incertezas no ambiente fiscal, taxas de juros mais altas e dólar mais forte, aspectos que influenciam diretamente na atração do investimento.
No ambiente externo, o panorama ainda é bastante complexo. Após a recente eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, os investidores aguardam com expectativa a reação do mercado diante do seu retorno à Casa Branca e quais serão suas propostas.
Participando de um dos primeiros painéis, Henrique Meirelles disse que a dívida pública, que segundo o FMI (Fundo Monetário internacional) está na casa dos 80%, é hoje a maior ameaça aos investimentos. Segundo o ex-presidente do Banco Central, esse cenário mostra a urgência na apresentação do pacote de corte de gastos, já que seu adiamento pode minar a confiança do investidor.
Os economistas presentes no Fórum discutiram, ainda, as possíveis consequências da eleição americana e alertaram sobre os riscos sobre a inflação e o déficit americano.
Pedro Jobim, economista-chefe e sócio-fundador da Legacy, destacou que o novo governo Trump tem a intenção de seguir com uma política de aumento de tarifas. “Isso deve implicar em inflação um pouco mais alta nos Estados Unidos e desaceleração na China e também na Europa, enquanto a Alemanha, que é a maior economia da região, está em recessão. Esse cenário sinaliza uma possível desaceleração, mas é difícil saber se isso vai evoluir para uma recessão global”, alertou Jobim.
Portfólio diversificado
Em um cenário de incertezas econômicas globais, contar com um portfólio equilibrado é o principal fator para a proteção da carteira dos investidores, segundo Andre Bannwart, Head do UBS Evolution. “No UBS contamos com várias linhas de produtos para os clientes. Temos fundos de crédito, fundos de crédito incentivados, fundos de bolsa Brasil, fundo de bolsa offshore e fundo macro, cada um com um perfil de investimento e de risco. Uma lâmina completa de produtos para oferecer o melhor aos nossos clientes”.
Também participando do Fórum, Guilherme Zaczac, Head de Liquid Alternatives & Institutional Mandates para o Brasil no UBS GWM, destacou a importância de trazer soluções multidisciplinares. “Vivemos em um ambiente sempre desafiador e em transição. Neste sentido, procuramos trazer soluções em ativos líquidos, ativos ilíquidos, na renda fixa, em ações, em fundos multimercado. Esse é um processo que não para; precisamos estar sempre pensando no interesse e necessidade do cliente para oferecer o que tem de melhor na indústria”.
Victor Schmutzler, Head de Private Markets para o Brasil no UBS GWM, acrescenta que os produtos de investimento ilíquidos fogem um pouco das classes mais tradicionais. Para ele, a possibilidade de alocar nesses tipos de estratégia permite fazer com que investimentos tenham retornos mais altos, justamente porque o horizonte de investimentos é mais longo.
“Há um benefício intrínseco de você ter menor correlação entre essas variações macroeconômicas. Construir um portfólio bem balanceado, trazendo não só essas classes tradicionais, mas, também, inserindo os produtos de Private Equity, Venture Capital, produtos de dívida privada, de projetos de infraestrutura, de special situations, faz com que o retorno seja mais consistente e ajustado, com menor volatilidade”, concluiu.
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